Aviação Naval intensifica combate ao garimpo ilegal e incêndios na Amazônia

Foto: Marinha do Brasil
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Em uma região de difícil acesso e grandes desafios, a aviação naval tem se mostrado essencial no combate ao garimpo ilegal, incêndios e outras ameaças na Amazônia. Com o apoio de helicópteros da Marinha do Brasil, operações como a “Catrimani” têm causado grande impacto, resultando na apreensão de equipamentos e destruição de pistas clandestinas. A atuação dos militares não só combate o crime, mas também garante a segurança em áreas remotas e estratégicas da floresta.

Operação Catrimani e o Combate ao Garimpo Ilegal

A segunda fase da Operação Catrimani, realizada pelas Forças Armadas, tem representado um duro golpe ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Com mais de R$ 214 milhões em prejuízos causados ao crime organizado, a operação contou com o suporte essencial da aviação naval. Os helicópteros da Marinha do Brasil, especialmente do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte (EsqdHU-41), desempenharam um papel vital ao permitir que as equipes de combate e os agentes governamentais acessassem áreas remotas, onde o transporte terrestre era inviável.

As aeronaves também foram fundamentais para a destruição de pistas de pouso clandestinas e a apreensão de equipamentos utilizados pelos garimpeiros ilegais. A mobilidade aérea proporcionada pela Marinha garantiu não apenas o sucesso na operação, mas também o reforço da presença do Estado em regiões de difícil acesso, contribuindo diretamente para a preservação da Amazônia e a proteção das comunidades indígenas.

Além de combater o garimpo, os helicópteros da Marinha também têm sido empregados em ações de apoio ao Programa Calha Norte, transportando suprimentos e ajudando no desenvolvimento de infraestrutura em áreas isoladas. As ações da aviação naval têm sido essenciais para dar suporte a essas iniciativas, que são cruciais para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

A Aviação Naval na Preservação da Amazônia

Esquadrão “Hipogrifo” conta com três helicópteros UH-15 “Super Cougar” – Imagem: Marinha do Brasil

O papel da aviação naval vai além das operações militares, sendo também crucial em ações de apoio a projetos de desenvolvimento social e no combate a desastres naturais, como os incêndios florestais. Um dos exemplos foi a atuação no combate às queimadas na Reserva Tapajós-Arapiuns, no Pará, e na Reserva do Lago Piratuba, no Amapá. Nesses locais, os helicópteros da Marinha foram essenciais para transportar equipes de combate ao fogo, superando desafios como a visibilidade reduzida pela fumaça e o terreno de difícil acesso.

Os helicópteros UH-15 “Super Cougar”, utilizados pelo EsqdHU-41, são extremamente versáteis, capazes de transportar até 3 toneladas de carga interna e 3,8 toneladas de carga externa, o que os torna ideais para atuar em missões na Amazônia. Além disso, a capacidade dessas aeronaves de realizar evacuações aeromédicas e transportar tropas com rapidez e eficiência faz delas uma ferramenta indispensável para garantir a prontidão e a eficácia das operações na região.

As missões de resgate e salvamento também fazem parte das atividades diárias da aviação naval na Amazônia. As aeronaves ficam à disposição do Comando do 4º Distrito Naval, cobrindo estados como Amapá, Maranhão, Pará e Piauí, prestando socorro a embarcações em apuros e salvando vidas em situações extremas no mar territorial brasileiro.

Desafios e Riscos das Operações Aéreas na Amazônia

As operações aéreas na Amazônia, embora essenciais, não estão isentas de grandes desafios. Sobrevoar a densa floresta amazônica apresenta um conjunto único de riscos, desde a falta de pontos de pouso alternativos até o tempo prolongado de voo sobre áreas completamente isoladas. Para os pilotos e tripulações, o comprometimento com a missão é total, cientes de que, muitas vezes, estão sobrevoando locais onde uma falha técnica pode significar situações de risco elevado.

Operações como a Catrimani envolvem muito mais do que o simples transporte de agentes e equipamentos. Em missões de combate ao garimpo ilegal e à criminalidade, os militares enfrentam condições extremas, como sobrevoar áreas incendiadas ou atuar em zonas de risco com pouco ou nenhum apoio em terra. O Capitão de Corveta Fuzileiro Naval-Aviador Anderson de Oliveira Bragagnolo, chefe do Departamento de Operações do EsqdHU-41, destaca a importância da preparação dos pilotos para essas missões de alta complexidade: “Nós sobrevoamos por longos períodos sem pontos de pouso alternativos, dedicando a vida a cumprir as missões que recebemos, fazendo o nosso melhor pelo país”.

A capacidade dos helicópteros de atuar em diferentes cenários, desde operações de combate ao crime até missões de salvamento, reforça a importância estratégica da aviação naval na proteção e preservação da Amazônia. Esses militares, treinados para agir em situações extremas, arriscam suas vidas diariamente em prol do cumprimento da missão, sempre com foco em garantir a segurança e o bem-estar da população e do território amazônico.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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