Exército começa a usar Monóculo de Imagem Térmica OLHAR na fronteira

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O Exército Brasileiro começou a operar com o Monóculo de Imagem Térmica OLHAR nas organizações militares da fronteira norte. Desenvolvido após 15 anos de pesquisas e aprimoramentos, o equipamento traz tecnologias avançadas que permitem a visão em ambientes de total escuridão, aprimorando a capacidade operativa das tropas em regiões estratégicas.
Tecnologia e Desenvolvimento do Monóculo OLHAR
O Monóculo OLHAR foi desenvolvido em parceria com a Opto Space & Defense, uma empresa brasileira especializada em tecnologia de defesa, e passou por 15 anos de aprimoramentos até sua homologação em agosto de 2024. Atingindo os 63 requisitos técnicos e 22 operacionais estabelecidos pelo Exército Brasileiro, o equipamento incorpora as mais avançadas tecnologias em microeletrônica, mecânica de precisão e ótica.
Seu sistema converte sinais de radiação infravermelha, captados por sensores térmicos, em uma imagem que representa as variações de temperatura dos objetos observados. Isso permite ao operador visualizar detalhes com alta precisão, mesmo em ambientes de total ausência de luz. Essa tecnologia coloca o Brasil em um seleto grupo de menos de dez países que dominam a visão térmica, ao lado de nações como Estados Unidos, Israel e Reino Unido.
Aplicações Operacionais e Atributos do Equipamento
O Monóculo OLHAR foi desenvolvido com foco inicial em operações bélicas, mas também pode ser usado em missões de resgate e em outras situações que exigem visão em condições adversas. No âmbito militar, o equipamento permite que os operadores atuem em ambientes de baixa visibilidade, como regiões de fronteira com densa vegetação, onde a luz é limitada. O Exército Brasileiro já começou a utilizar o OLHAR em missões nas áreas remotas da fronteira norte, reforçando a vigilância e a segurança nessas regiões estratégicas.
O monóculo oferece duas opções de lentes com distâncias focais de 14mm e 54mm, que proporcionam ao operador a escolha entre uma visão ampla ou mais aproximada. Além disso, o equipamento foi projetado para resistir a condições extremas, como imersão em água e choques mecânicos, garantindo sua durabilidade em operações de campo. Sua eficácia já foi comprovada durante a Operação Taquari II, realizada entre abril e maio de 2024, quando foi utilizado no resgate de civis isolados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
O Monóculo OLHAR no Contexto da Defesa Brasileira
A adoção do Monóculo de Imagem Térmica OLHAR é um marco importante no Projeto Combatente Brasileiro (COBRA), que visa modernizar o equipamento e as capacidades das tropas nacionais. A inclusão dessa tecnologia coloca o Brasil em uma posição de destaque no cenário de defesa global, ampliando as capacidades operacionais do Exército em missões tanto militares quanto humanitárias.
Além do uso em combate, o OLHAR demonstra sua versatilidade ao ser empregado em operações de resgate, como mostrado na Operação Taquari II. Com sua capacidade de captar variações de temperatura, o monóculo permite identificar vítimas em áreas de difícil acesso, tornando-se uma ferramenta vital em missões de socorro e salvamento. A combinação de tecnologia avançada e praticidade operacional faz do OLHAR uma peça central na modernização das Forças Armadas brasileiras, oferecendo soluções inovadoras para a segurança do país e a proteção de suas fronteiras.
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