Evacuações médicas da Marinha salvaram 44 ribeirinhos no Pantanal

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A Marinha do Brasil desempenhou um papel crucial no Pantanal sul-mato-grossense em 2024, realizando 44 evacuações médicas e salvando vidas em regiões de difícil acesso. Utilizando helicópteros do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste (1ºEsqdHU-61), subordinado ao Comando do 6º Distrito Naval, os resgates garantiram atendimento médico vital para ribeirinhos em situações de emergência, muitas vezes enfrentando desafios extremos.

A operação de evacuação médica no Pantanal

As regiões isoladas do Pantanal representam um desafio logístico devido às longas distâncias até os centros médicos e às condições inóspitas de acesso. Para enfrentar essas dificuldades, a Marinha do Brasil emprega helicópteros modelo Esquilo, que atravessam vastas áreas para chegar a pacientes em estado crítico.

Ao longo de 2024, as missões cobriram diversas localidades remotas, com destaque para atendimentos em comunidades localizadas a até 200 km de Corumbá (MS), onde os pacientes são transportados para o Hospital Naval de Ladário ou a Santa Casa de Corumbá.

Relatos das missões de resgate

Segundo-Tenente (Médico) Morais com gestante na chegada ao heliponto do 1ºEsqdHU-61 – Imagem: CB-RM2-TE Benites/Marinha do Brasil

Entre os casos atendidos, destaca-se o resgate de um bebê de um ano, que apresentava febre, diarreia e desidratação severa, e o parto de uma adolescente de 13 anos em trabalho de parto ativo, localizado a 70 km de Ladário. O Segundo-Tenente (Médico) Matheus Morais descreveu a complexidade da situação:

“Foi preciso agilidade para avaliar se conseguiríamos chegar à maternidade a tempo. Felizmente, conseguimos levar a gestante com segurança até a Santa Casa de Corumbá”, contou o oficial.

Outro relato marcante foi do Cabo Jorge Zolabarrieta, fiel de aeronave, que participou de sua primeira evacuação médica em setembro de 2024. A missão ocorreu em meio às queimadas do Pantanal, que dificultaram a visibilidade durante o voo. “Foi uma experiência marcante. Não sabia se o local era adequado para pousos, mas conseguimos cumprir a missão e trazer o paciente em segurança. Poder ajudar minha comunidade natal foi extremamente gratificante”, destacou.

Impacto das evacuações médicas na comunidade local

As evacuações médicas realizadas pela Marinha são essenciais para salvar vidas e levar assistência a populações ribeirinhas em áreas de difícil acesso. Sem essa operação, muitos moradores enfrentariam longas e arriscadas jornadas pelo Rio Paraguai em busca de atendimento médico.

Além de resgatar pacientes, essas missões fortalecem a presença da Marinha na região, demonstrando seu compromisso com a saúde e o bem-estar das comunidades do Pantanal. Para 2025, o Comando do 6º Distrito Naval planeja ampliar ainda mais as operações, garantindo que nenhuma vida seja deixada sem assistência.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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