Exército Brasileiro e US Army South estreitam relações bilaterais

Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

A parceria entre o Exército Brasileiro e o Exército dos Estados Unidos vem se fortalecendo ao longo das décadas, promovendo interoperabilidade e cooperação estratégica. Um dos pilares dessa relação é a atuação do Oficial de Ligação do Exército Brasileiro junto ao Exército Sul dos Estados Unidos (USARSOUTH), função atualmente exercida pelo Coronel de Infantaria Sérgio Ricardo Reis Matos. Responsável por coordenar atividades conjuntas, o oficial desempenha um papel fundamental na integração das forças, na realização de exercícios combinados e no intercâmbio de conhecimentos entre as instituições militares.

O papel do Oficial de Ligação na cooperação militar Brasil-EUA

Criada em 2007, a função de Oficial de Ligação do Exército Brasileiro no USARSOUTH tem como objetivo principal fortalecer a interoperabilidade entre os dois exércitos. O oficial atua como um elo direto entre as instituições militares, facilitando a comunicação, o planejamento de treinamentos conjuntos e a troca de conhecimentos operacionais e doutrinários.

Atualmente, o Coronel Sérgio Ricardo Reis Matos ocupa essa posição estratégica, representando o Brasil em reuniões de alto nível e coordenando cerca de 100 ações anuais acordadas entre os estados-maiores dos dois países. Essas atividades abrangem treinamentos, operações cibernéticas, engenharia militar e relações públicas. Além disso, o Coronel Matos trabalha diretamente com os oficiais de ligação de outras nações parceiras, como Chile, Colômbia e Peru, promovendo um ambiente de cooperação e aprendizado mútuo.

Para ele, o trabalho realizado nessa função é essencial para o fortalecimento dos laços entre os exércitos e para o desenvolvimento de capacidades conjuntas. “O esforço é árduo, mas os resultados, particularmente no campo da interoperabilidade e desenvolvimento de relacionamento, são profundamente gratificantes”, destacou o Coronel Matos.

Exercícios e operações combinadas entre Brasil e Estados Unidos

A cooperação militar entre Brasil e Estados Unidos se traduz, principalmente, na realização de exercícios combinados que simulam cenários reais de combate, missões de paz e operações humanitárias. Entre os principais treinamentos realizados estão:

  • SOUTHERN VANGUARD (Combined Operations Rotation Exercise): focado na preparação de tropas para operações conjuntas em ambientes de selva, montanha e áreas urbanas, com participação de forças dos dois países.
  • PANAMAX: exercício que reúne nações parceiras para simular a defesa do Canal do Panamá, um dos pontos estratégicos mais importantes do continente americano.
  • TRADEWINDS: treinamento voltado para operações de assistência humanitária e combate a ameaças transnacionais, como tráfico de drogas e terrorismo.

Essas operações permitem que os militares brasileiros tenham contato com equipamentos de ponta, novas doutrinas de combate e metodologias de planejamento operacional empregadas pelos norte-americanos. Além disso, fortalecem a capacidade do Brasil de atuar em coalizões internacionais e em missões de paz sob a bandeira da ONU.

Os benefícios estratégicos da parceria entre os dois exércitos

O estreitamento das relações entre os Exércitos do Brasil e dos Estados Unidos traz uma série de benefícios estratégicos para ambas as nações. Do ponto de vista da segurança regional, a cooperação permite um alinhamento doutrinário e operacional que melhora a capacidade de resposta a ameaças comuns, como crimes transnacionais, desastres naturais e instabilidades políticas na América do Sul.

Outro ponto crucial é o fortalecimento das relações diplomáticas e da confiança mútua. Através de iniciativas como a função do Oficial de Ligação, os dois exércitos reforçam seus laços institucionais, possibilitando futuras parcerias em setores como inteligência, defesa cibernética e desenvolvimento tecnológico militar.

Para o Brasil, essa colaboração também representa um avanço significativo na modernização de suas Forças Armadas. O intercâmbio de informações e técnicas operacionais contribui para a evolução de suas estratégias de defesa, aprimorando a capacitação de tropas e a implementação de novas tecnologias nos sistemas de comando e controle.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui