Marinha participa de Exercício Multinacional de Resposta a Desastres no Peru

Foto: Marinha do Brasil
Não fique refém dos algorítimos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

Nesta semana, as Marinhas de 11 países se unem no litoral do Peru para o Solidarex 2024, um exercício multinacional que simula uma resposta coordenada a um terremoto de grandes proporções. A Fragata “Liberal” representa o Brasil neste evento que, além de aprimorar a prontidão para situações de catástrofe, reforça os laços de cooperação entre as nações participantes. O foco é claro: garantir que as forças multinacionais estejam preparadas para apoiar populações em situações de desastre.

Interoperabilidade e cooperação internacional

Foto: Marinha do Brasil

O Solidarex 2024 é um exemplo claro de como a cooperação internacional pode ser fundamental em situações de emergência. Ao reunir 11 Marinhas de diferentes partes do mundo — Brasil, Chile, Colômbia, Itália, Equador, Espanha, Estados Unidos, México, Panamá, Peru e República Dominicana —, o exercício fortalece a interoperabilidade entre as forças navais, um ponto crucial para uma resposta rápida e eficaz a desastres naturais.

A integração entre essas diferentes forças navais vai além da comunicação; envolve o alinhamento de protocolos, o treinamento conjunto e a criação de uma linguagem comum em termos operacionais. Cada país traz para o exercício suas especialidades e experiências, permitindo que as ações conjuntas sejam mais coordenadas e efetivas. Para o Brasil, o exercício Solidarex representa uma oportunidade valiosa de demonstrar sua liderança na cooperação internacional, especialmente em missões de ajuda humanitária.

A interoperabilidade não é apenas uma questão de eficiência militar, mas também uma demonstração de solidariedade entre nações. Em situações de catástrofe, como terremotos ou tsunamis, a rápida mobilização de forças de diferentes países pode fazer a diferença entre salvar ou perder vidas. O Solidarex 2024, ao criar esse ambiente de cooperação, prepara essas forças para agir de forma rápida e coordenada quando a realidade exigir.

Preparação para desastres naturais: um desafio global

O cenário escolhido para o Solidarex 2024 é a simulação de um terremoto de grande magnitude no Peru. Trata-se de um exercício realista, já que a região está localizada em uma área de alta atividade sísmica. Esse tipo de treinamento é vital para que as forças navais e terrestres estejam preparadas para oferecer suporte à população em caso de uma catástrofe desse porte.

Entre as principais ações realizadas durante o exercício estão a criação de uma força-tarefa anfíbia, capaz de realizar operações de resgate e salvamento em áreas urbanas afetadas. As embarcações, como a Fragata “Liberal” do Brasil, desempenham um papel essencial ao permitir a abicagem — o desembarque de equipes especializadas em regiões isoladas ou de difícil acesso. Durante o treinamento, são simulados resgates de vítimas, além de operações de apoio logístico, como o fornecimento de água, alimentos e cuidados médicos.

A resposta coordenada a desastres naturais exige uma grande capacidade de adaptação e tomada rápida de decisões, e é exatamente isso que o Solidarex busca aprimorar. A troca de experiências entre as Marinhas participantes é fundamental para a melhoria contínua das técnicas de salvamento e das operações de ajuda humanitária. Para o Brasil, que já participou de ações similares em outros cenários, como o terremoto no Equador em 2016, essa é uma oportunidade de consolidar ainda mais sua expertise em operações de grande escala no Hemisfério Sul.

O papel da Fragata “Liberal” e da Marinha do Brasil

A participação da Fragata “Liberal” no Solidarex 2024 é um exemplo do comprometimento da Marinha do Brasil com missões de ajuda humanitária e resposta a emergências internacionais. Como parte da força-tarefa multinacional, o navio brasileiro desempenha um papel crucial na projeção de poder e no suporte às operações de resgate no litoral peruano.

A experiência da Marinha do Brasil em operações multinacionais é extensa. Desde a participação em missões de paz até ações de apoio logístico em desastres naturais, o Brasil tem demonstrado repetidamente sua capacidade de cooperar em cenários de grande complexidade. No Solidarex, a Fragata “Liberal” não só se destaca pelo seu poderio militar, mas também pela sua versatilidade em missões humanitárias, incluindo o transporte de equipes de resgate, a distribuição de mantimentos e o suporte médico.

Essa participação reforça a imagem do Brasil como um país comprometido com a segurança internacional e a cooperação em momentos de crise. Além disso, solidifica o papel da Marinha do Brasil como um parceiro confiável nas operações globais de resposta a desastres. Para os militares brasileiros envolvidos, o Solidarex é uma oportunidade de compartilhar conhecimentos, fortalecer laços com outras nações e, principalmente, garantir que, em situações reais de emergência, estarão preparados para agir com prontidão e eficiência.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Google News

Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui