ESG celebra formatura do CEMC 2025 com conquistas inéditas

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No auditório da Escola Superior de Guerra (ESG), o som da vitória ecoou com emoção e simbolismo. A cerimônia de encerramento do Curso de Estado-Maior Conjunto (CEMC) 2025 não apenas celebrou a formação de 20 oficiais superiores das Forças Armadas, mas também marcou dois marcos históricos: a presença de um oficial estrangeiro e a primeira oficial mulher entre os concludentes. A turma, batizada “80 anos da Força Expedicionária Brasileira”, homenageou o espírito de união e bravura que ainda molda a Defesa Nacional.
A evolução da doutrina de operações conjuntas na ESG

O Curso de Estado-Maior Conjunto (CEMC) é considerado o ápice da formação para oficiais superiores no contexto da doutrina de operações conjuntas. Estruturado com base em modernas metodologias de ensino, o curso busca preparar seus discentes para pensar estrategicamente e atuar em cenários que demandam sinergia entre Marinha, Exército e Aeronáutica. A formação é pautada em estudos de caso, planejamento tático-operacional e simulações de operações combinadas.
Durante o CEMC 2025, os alunos participaram ativamente de oficinas integradas e exercícios práticos que simulam situações reais de crise e conflito. A interação direta com professores da ativa e da reserva, além de especialistas civis, amplia a compreensão da dimensão multidomínio das guerras modernas. O comandante da ESG, General de Divisão Alexandre Cantanhede Lago, destacou o papel da turma como “massa crítica” no desenvolvimento e aplicação dessa doutrina no país.
Diversidade e inclusão no ensino militar superior

O CEMC 2025 entra para a história também pela sua representatividade. Pela primeira vez, uma oficial do sexo feminino, a Capitão de Mar e Guerra (T) Maria Emília Padilha, não apenas concluiu o curso, mas foi eleita oradora da turma — um símbolo de reconhecimento pelo mérito, liderança e compromisso com o pensamento estratégico. Sua fala emocionou o auditório ao destacar a importância da diversidade como força motriz para a coesão das Forças Armadas.
Outro marco foi a participação do Coronel Osvaldo Correia Antunes, do Exército de Angola, primeiro estagiário de nação amiga a concluir o curso. Sua presença reforça o esforço da ESG em fomentar laços de cooperação internacional, especialmente com países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O intercâmbio de experiências amplia o repertório tático e cultural dos discentes brasileiros, além de fortalecer a diplomacia militar.
ESG como berço da integração das Forças Armadas

Criada para ser o centro de pensamento estratégico do Brasil, a Escola Superior de Guerra cumpre seu papel ao formar líderes preparados para a atuação em ambientes conjuntos e interagências. O CEMC é uma das ferramentas essenciais nesse processo, promovendo uma cultura de cooperação entre as Forças Singulares e criando uma linguagem comum no planejamento e execução de operações.
A formatura do CEMC 2025 simboliza a capacidade da ESG de adaptar-se aos tempos atuais sem perder a essência de sua missão institucional. A homenagem à Força Expedicionária Brasileira não apenas resgata o legado dos “pracinhas”, mas também inspira uma nova geração de oficiais que, em um mundo mais complexo e imprevisível, precisarão trabalhar juntos para garantir a soberania e segurança nacional. Com sua estrutura acadêmica robusta e um corpo docente altamente qualificado, a ESG reafirma sua posição como o centro nevrálgico do pensamento estratégico de Defesa no Brasil.
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