Há 80 anos, nascia a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), conhecida como o “Berço dos Especialistas”. Em oito décadas, a escola já formou mais de 50 mil homens e mulheres. A EEAR tem por finalidade a formação e o aperfeiçoamento de graduados da Aeronáutica, oferecendo 28 diferentes áreas profissionais para o cumprimento da missão da Força Aérea Brasileira (FAB).

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Fruto da fusão das escolas de formação de sargentos da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, a EEAR nasceu em 1941, período em que o mundo passava por momentos críticos com o transcorrer da II Guerra Mundial. No mesmo ano, um pouco antes do surgimento da Escola, era criado o Ministério da Aeronáutica, que impulsionou a aviação militar e civil no Brasil.

i2131814413506134Instalada no Rio de Janeiro, a Escola formou a primeira turma em 1942 com apenas 32 integrantes. Mas, com a entrada do Brasil no conflito, houve a necessidade de acelerar a formação do pessoal. Como solução imediata, muitos militares e civis foram enviados aos Estados Unidos para a realização de cursos, de modo que pudessem satisfazer às necessidades da FAB. Porém, por ser muito oneroso, o envio de militares começou a sofrer restrições. Após novos estudos, decidiu-se por contratar a organização John Paul Riddle Aviation Technical School, que instalou no Brasil, na cidade de São Paulo, uma Escola Técnica de Aviação (ETAv) com todo o acervo, como também técnicos, professores e administradores. A ETAv passou a complementar a formação de especialistas, suprindo as carências então verificadas.

i2131814420102599Com o término da Grande Guerra, embora a necessidade de técnicos para manter as diversas Unidades criadas ainda fosse grande, houve certa estabilização na formação de pessoal. Verificou-se, então, que já não era necessário existirem duas escolas com a mesma finalidade e que, consequentemente, estava havendo dispersão de meios.

Já na década de 1950, ocorre a transferência da EEAR para Guaratinguetá (SP), nas dependências da antiga Escola Prática de Agricultura, doadas ao Ministério da Aeronáutica em 05 de maio de 1950. A transferência foi feita progressivamente à medida em que as estruturas eram construídas e adaptadas. A região do Vale do Paraíba abriu as portas para que gerações aquecessem o mercado de profissões.

i2131814421307921O atual Comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues, passou pela Escola antes de se tornar oficial. “As emoções que me envolvem o coração são as mesmas de 35 anos atrás, quando ingressei pelos portões da EEAR como aluno, sem jamais supor que o Criador e que a Força Aérea reconduzir-me-iam ao Berço dos Especialistas, agora como Comandante”, disse.

O Brigadeiro Soares destaca, ainda, sobre a formação dos sargentos especialistas da EEAR. “Tenho a plena convicção de que a Aeronáutica poderá contar, por muitos e muitos anos com homens e mulheres de excepcionais qualificações, formados sob a égide do código ‘Disciplina, Amor e Coragem’, dispostos a contribuir, de forma abnegada e zelosa, para com a missão de manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria”, conclui.

Fotos: Sargento Bianca Viol/CECOMSAER e Arquivo FAB

Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Raquel Alves
Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).