O navegador DuckDuckGo — que também é buscador —, um dos principais defensores da privacidade na internet, se tornou mais um “queridinho” do momento, conquistando uma ascensão surpreendente nas listas de aplicativos mais baixados em dispositivos mobile.

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De acordo com o App Annie, o aplicativo ocupava a 715ª posição na App Store americana em outubro de 2020, mas chegou à 8ª colocação no início desta semana. Na Google Play, o desempenho foi semelhante: desde o dia 10 de janeiro, o navegador DuckDuckGo oscila entre a segunda e a terceira posição.

Da mesma forma, outros apps que priorizam a segurança de dados e informações pessoais, como Signal e Telegram também foram beneficiados pela polêmica envolvendo o WhatsApp e sua nova política de privacidade e subiram na lista.

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Privacidade oferecida pelo DuckDuckGo está em alta nos dispositivos mobile. Crédito: Piotr Swat/Shutterstock

Ao TechCrunch, o DuckDuckGo relatou um crescimento de 62% entre 2019 e 2020. Atualmente, ele é o segundo buscador mais usado nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e no Reino Unido, atrás apenas do Google.

Aversão às big techs

Apesar do “timing” indicar uma ligação entre a recente invasão ao Capitólio, o consequente banimento de aplicativos que promovem ou toleram discurso de ódio e a procura por aplicativos que priorizam a anonimidade na web, outros fatores também contribuíram para essa súbita preocupação dos internautas com privacidade e segurança.

Os modelos de negócios das grandes companhias de tecnologia estão sendo cada vez mais criticados pela falta de cuidado com dados privados dos usuários. Vários países, inclusive, têm tomado medidas judiciais para controlar o poder à disposição das chamadas big techs.

No final de 2020, a Federal Trade Commission (FTC), dos Estados Unidos, anunciou a abertura de um inquérito judicial sobre práticas de privacidade contra plataformas de redes sociais e gigantes ligadas à tecnologia, como Amazon e Twitter.

O início de 2021 está mostrando as consequências de fatos como esse. Além do crescimento do navegador DuckDuckGo, temos visto uma disparada de apps de mensagens que priorizam a privacidade, como o Telegram, que se tornou o aplicativo mais baixado da App Store brasileira nesta quarta (13), e o Signal, que ocupa a segunda posição. Na Google Play, os dois também ocupam o pódio, com vantagem para o Signal.

Via: TechCrunch e Olhar Digital

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).