Em Taubaté, São Paulo, o cenário bélico brasileiro ganha um novo contorno com o uso intensificado das Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP), mais conhecidas como drones. O Comando de Aviação do Exército (CAvEx), juntamente com o 1º Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx), concluiu recentemente a avaliação operacional do SARP Categoria 2, destacando-se por suas capacidades avançadas.
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ESPECIFICAÇÕES E POTENCIAL OPERACIONAL
O SARP CAT 2, com suas dimensões impressionantes – quase oito metros de envergadura e três metros de comprimento – e a capacidade de atingir velocidades de até 100 quilômetros por hora, operar autonomamente por até oito horas, e em condições diurnas e noturnas, representa um salto qualitativo na tecnologia de vigilância e reconhecimento. Segundo o Major Conrado Arruda, comandante do Núcleo da Subunidade SARP do 1º BAvEx, o drone está sendo rigorosamente testado em simulações de reconhecimento de eixos e locais de esconderijos para aprimorar as missões de inteligência e vigilância.
SINERGIA ENTRE EQUIPAMENTOS TRIPULADOS E NÃO TRIPULADOS
Um dos aspectos mais revolucionários introduzidos pelo SARP CAT 2 é a sua capacidade de operar em conjunto com helicópteros tripulados, criando um sistema integrado que potencializa as operações militares. “A complementariedade entre os veículos aéreos tripulados e não tripulados permite uma abordagem mais segura e eficiente em terrenos hostis”, enfatiza Major Arruda. Esta interação promete um avanço significativo na estratégia de combate, minimizando riscos e maximizando a eficácia das missões.
CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
A integração dos drones nas operações militares também reflete o compromisso do Exército com a capacitação contínua de seu corpo técnico. Militares envolvidos no projeto passaram por um intenso programa de treinamento que abrange aspectos técnicos e teóricos essenciais para a operação eficiente desses equipamentos. Além disso, a contribuição da indústria nacional no desenvolvimento dos SARPs destaca o potencial brasileiro em tecnologia de defesa. O General de Exército Achilles Furlan, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), sublinha a importância da adoção dessa tecnologia como um marco no desenvolvimento das capacidades operacionais das Forças Armadas.