COP Internacional: Derrite apresenta resultados na Segurança Pública

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Em sua participação no COP Internacional, o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, fez um discurso impactante ao apresentar os resultados de sua gestão. Com um enfoque na recuperação de R$ 1 bilhão do crime organizado para fortalecer a segurança pública, Derrite destacou também os esforços para valorização dos policiais e as novas tecnologias que têm auxiliado no combate ao crime. “Precisamos inviabilizar o crime como negócio”, afirmou.
Avanços na Recuperação de Recursos do Crime Organizado

Um dos principais pontos abordados por Derrite durante o evento foi a recuperação de recursos provenientes do crime organizado. Segundo o Secretário, a expectativa é que cerca de R$ 1 bilhão seja recuperado anualmente a partir das operações da Polícia Civil, com esses valores sendo redirecionados diretamente para fortalecer as iniciativas de segurança pública no estado. A destinação desses recursos foi oficializada por um decreto assinado recentemente, permitindo que as forças de segurança utilizem o dinheiro para modernizar equipamentos, investir em inteligência e capacitar os agentes.
Derrite ressaltou que essa estratégia busca desarticular financeiramente as organizações criminosas, enfraquecendo suas operações. “O crime precisa ser inviabilizado como um negócio. Se tirarmos o lucro, minamos sua estrutura”, disse o secretário. Esse enfoque, aliado a um aumento de operações técnicas e cooperativas com outras instituições, representa um marco na abordagem contra o crime organizado em São Paulo.
Valorização das Carreiras Policiais e Investimentos em Segurança
Outro pilar destacado por Derrite foi a valorização dos profissionais da segurança pública. Ele lembrou que, ao assumir a pasta, enfrentou um desafio significativo com a defasagem de efetivo na Polícia Civil, que alcançava 35%. Em resposta, foram abertas 11,6 mil vagas por meio de concursos para a Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Técnico-Científica.
Além de fortalecer o efetivo, o governo implementou reajustes salariais que somam um impacto de R$ 5 bilhões por ano e lançou programas de moradia para agentes de segurança pública. As cartas de crédito de até R$ 300 mil, com financiamento em 30 anos e juros zero para quem tem renda entre 5 e 10 salários-mínimos, foram medidas bem recebidas pela categoria e refletem o compromisso com a melhoria das condições de trabalho dos policiais. “Valorizamos nossos profissionais porque eles são a linha de frente na proteção da sociedade”, declarou Derrite.
A obtenção recorde de recursos através de emendas federais e estaduais — totalizando R$ 338 milhões para 2024 — também foi um feito relevante para a secretaria. Esse montante será direcionado para aprimorar a infraestrutura e modernizar as operações de segurança no estado.
Tecnologia e Integração no Combate ao Crime Organizado
Derrite também destacou a importância da tecnologia como uma ferramenta crucial na luta contra o crime. Entre as inovações adotadas, o programa “Muralha Paulista” se destacou. Criado para limitar a mobilidade criminosa, ele integra sistemas de monitoramento e controle de fronteiras estaduais, aumentando a eficiência das operações policiais.
Outra tecnologia que vem fazendo a diferença são as câmeras de reconhecimento facial, instaladas em diversas cidades. Segundo o Secretário, essas câmeras já resultaram na captura de mais de 200 foragidos, demonstrando sua eficácia. “A tecnologia é nossa aliada para estarmos um passo à frente do crime”, reforçou.
Além disso, a integração interestadual foi apontada como essencial para combater a logística do crime organizado, especialmente no tráfico de drogas. Derrite citou que São Paulo, por meio do Porto de Santos, é um dos principais pontos de escoamento de drogas do mundo, perdendo apenas para o Porto de Guayaquil, no Equador. Com isso, a colaboração entre as polícias civis e militares, bem como termos de cooperação com o Ministério Público e apoio jurídico do Procurador Geral de Justiça, têm sido fundamentais para desarticular a cadeia logística do tráfico.
Ao final de sua apresentação, Derrite reforçou a importância de uma legislação penal mais rígida para aumentar o “custo do crime” e desestimular a reincidência. Para ele, combater o crime exige uma abordagem multifacetada, que envolva inteligência, tecnologia e, principalmente, a valorização dos profissionais que arriscam suas vidas para manter a sociedade segura.
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