Como era a Guerra Cibernética dos EUA e URSS nos tempos da Guerra Fria

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Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos e a Rússia conduziram várias operações cibernéticas para espionar e sabotar um ao outro. Essas operações foram realizadas principalmente para obter informações militares e estratégicas, bem como para interferir nas comunicações inimigas.

Operações cibernéticas dos Estados Unidos na Guerra Fria:

Uma das primeiras operações cibernéticas dos Estados Unidos foi o Projeto SHAMROCK, que foi iniciado na década de 1950 e durou até a década de 1970. O projeto envolveu a interceptação de mensagens telegráficas que passavam pelos Estados Unidos, incluindo mensagens enviadas por diplomatas russos. Essas mensagens foram armazenadas em grandes bancos de dados e analisadas por inteligência dos EUA.

Outra operação cibernética notável dos Estados Unidos durante a Guerra Fria foi o Projeto MINARET, que começou em 1967 e durou até 1973. O projeto envolveu a interceptação e monitoramento das comunicações de indivíduos e grupos considerados “subversivos” pelo governo dos EUA, incluindo ativistas dos direitos civis e opositores da Guerra do Vietnã.

O Projeto SHAMROCK e o Projeto MINARET foram expostos pela imprensa em 1975, o que levou a uma investigação do Congresso e à promulgação da Lei de Controle de Inteligência Estrangeira (FISA) em 1978.

Operações cibernéticas da Rússia na Guerra Fria:

A União Soviética também conduziu várias operações cibernéticas durante a Guerra Fria. Uma das operações mais notáveis foi a “Operação RYAN”, que foi lançada em 1981. O objetivo da operação era coletar informações sobre os planos militares dos EUA e seus aliados na Europa Ocidental.

A Operação RYAN foi conduzida em grande parte por meio de espionagem eletrônica, com agentes soviéticos implantando dispositivos de escuta em embaixadas e outros locais de interesse nos Estados Unidos e na Europa Ocidental.

Outra operação cibernética notável da União Soviética foi a “Operação Infektion”, que foi lançada na década de 1980. O objetivo da operação era espalhar informações falsas sobre o HIV/AIDS e outros problemas de saúde nos Estados Unidos, a fim de minar a credibilidade do país e prejudicar sua posição no cenário mundial.

A Operação Infektion foi lançada por meio de propaganda em jornais e revistas de língua russa, bem como por meio de falsos documentos oficiais que foram distribuídos a governos estrangeiros.

Conclusão:

As operações cibernéticas desempenharam um papel significativo na Guerra Fria, permitindo que os Estados Unidos e a União Soviética coletassem informações estratégicas uns dos outros e interferissem em suas comunicações. Embora muitas dessas operações tenham sido expostas e criticadas após o término da Guerra Fria, elas ainda servem como um lembrete do papel crucial que a tecnologia e a cibersegurança desempenham na segurança nacional e na diplomacia internacional.

Fonte: DCiber.org