Comandante do 59º BI relembra a vitória da FEB na guerra

Grupo de pessoas em evento formal, sala de conferências.
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Sob o aplauso de civis e militares, a memória dos heróis de 1945 foi reverenciada. O Tenente-Coronel Márcio Robério, comandante do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (59º BI Mtz), discursou com firmeza e orgulho sobre o papel do Exército Brasileiro na vitória aliada, destacando a conquista de Monte Castelo e o exemplo deixado pelos pracinhas brasileiros para as novas gerações.

A trajetória da FEB: das trincheiras italianas à vitória aliada

A Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi enviada à Europa durante a Segunda Guerra Mundial e se tornou o maior símbolo do compromisso do Brasil com a liberdade mundial. Com cerca de 25 mil soldados, oriundos de todas as regiões do país, a FEB enfrentou o rigor do inverno europeu, terreno montanhoso e a resistência nazifascista nas trincheiras da Itália.

O Tenente-Coronel Robério relembrou, em sua fala, a campanha da FEB, desde o desembarque do primeiro escalão em julho de 1944, até as vitórias em batalhas como Massarosa, Camaiore, Monteprano, Fornace, e sobretudo, a histórica tomada de Monte Castelo em 21 de fevereiro de 1945. Comandados pelo General Mascarenhas de Moraes, os brasileiros substituíram unidades americanas na linha gótica, enfrentando combates intensos e contribuindo diretamente para a rendição de cerca de 20 mil soldados inimigos.

A atuação da FEB consolidou a reputação do Exército Brasileiro como uma força combativa e tecnicamente preparada. Como destacou Robério, “escrevemos com sangue, suor e valentia algumas das páginas mais gloriosas da nossa história militar”.

O Exército como formador de valores e guardião da memória nacional

Criança em uniforme militar liderando desfile.

Mais do que um feito militar, a campanha da FEB representa um legado moral e educacional para o Brasil. O comandante do 59º BI ressaltou que os soldados que cruzaram o Atlântico não apenas lutaram por um ideal — liberdade, democracia e soberania — como também deixaram um exemplo de coragem e resiliência que permanece atual.

Ao reafirmar que “os feitos de bravura e coragem jamais devem ser esquecidos”, o Tenente-Coronel Robério defendeu que o Exército continua sendo um dos pilares na formação da juventude brasileira, por meio da disciplina, do respeito à hierarquia e da valorização da pátria. A FEB, portanto, não é apenas um capítulo da história militar: é uma referência ética.

Em seu discurso, ele convocou a sociedade a manter vivo esse legado: “É nosso dever lembrar e ensinar que a paz, a democracia e a liberdade foram conquistadas com o sangue de brasileiros. E são mantidas com vigilância e compromisso diário”.

A homenagem do 59º BI Mtz e a conexão entre passado e presente

Quatro militares recebem homenagem em cerimônia oficial.
Homenagem da Câmara Municipal de Monção de Aplausos às Forças Armadas presentes.

O evento em Maceió foi mais do que uma cerimônia cívico-militar. Foi um ato de integração institucional que reuniu representantes dos três poderes, das Forças Armadas e da sociedade civil alagoana. A Moção de Aplausos entregue ao Tenente-Coronel Márcio Robério representa o reconhecimento ao Exército Brasileiro, mas também reafirma a conexão entre os feitos do passado e o papel atual da instituição na construção de um Brasil soberano e democrático.

O 59º BI Mtz, unidade com forte presença social e histórica no estado, foi destacado como símbolo da continuidade da missão da FEB — agora em tempos de paz. O comandante finalizou sua fala com um tributo ao “invencível Exército de Caxias” e à eterna inspiração deixada pelos pracinhas.

Ao final da cerimônia, ficou claro que homenagear a FEB não é apenas olhar para trás, mas sim reafirmar os valores que sustentam o presente e moldam o futuro do Brasil.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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