Iniciando sua jornada na Base Naval do Rio de Janeiro e navegando rumo ao sul, o Navio-Veleiro (NVe) “Cisne Branco” retorna à sua casa após aproximadamente dois meses de missão em mar aberto. Tendo atracado no início de junho no cais do Museu do Amanhã, no Rio, a embarcação cumpriu a primeira fase da Comissão “Brasil 2023”, representando a Marinha do Brasil (MB) nos principais portos nacionais. O objetivo: fortalecer a ligação entre a sociedade civil e a MB, incentivar a mentalidade marítima e reforçar a importância do mar para a nação.
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Uma Jornada de Conexão e Conhecimento
Durante a jornada, o “Cisne Branco” participou de eventos de destaque, como a etapa em Itajaí (SC) da The Ocean Race, a regata de veleiros de volta ao mundo mais árdua e importante. Atracou também em outros cinco portos nacionais: Rio Grande e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; São Francisco do Sul e Paranaguá, no Paraná; e Santos, em São Paulo. Com tais visitas, o navio cumpriu sua missão junto à sociedade, recebendo e interagindo com mais de 45 mil visitantes de todas as idades.
O Comandante do navio, Capitão de Mar e Guerra Sérgio Tadeu Leão Rosário, destacou a importância da missão: “Fomentar a mentalidade marítima no País é vital, porque 95% de todo nosso comércio exterior é feito por meios marítimos e fluviais, e mais de 80% de nossa extração de petróleo vem do mar. O Brasil é uma nação marítima e não pode ser negligente com o uso dos oceanos. O esclarecimento da importância do mar para a sociedade brasileira contribuirá para um desenvolvimento melhor do Brasil como nação soberana, livre e justa. O Navio Veleiro ‘Cisne Branco’ é um importante instrumento gerador de soft power, gerando ativos para a Marinha e o Brasil por intermédio da cultura, da disseminação dos mais caros valores, tradições e políticas marítimas”.
A Missão Continua: Ensino e Interação
Durante a primeira fase da comissão, houve intenso contato da tripulação com alunos da Escola de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina (EAMSC) e com os militares em diversas Organizações Militares. Essa interação permitiu que a tripulação transmitisse seus conhecimentos de vela e de marinharia, cumprindo uma das principais tarefas do “Cisne Branco”: complementar a instrução marinheira do pessoal da MB.
O Legado do Cisne Branco
Embarcação com história rica, o “Cisne Branco” foi construído pelo estaleiro Damen Oranjewerf, em Amsterdã, Países Baixos, e incorporado à Armada em uma data simbólica, coincidindo com a partida do navegador português Pedro Álvares Cabral ao Brasil, 500 anos antes. Desde então, o navio participou de diversos eventos importantes, inclusive a Regata Internacional Comemorativa aos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, reforçando sua ligação íntima com a história do país e a importância dos mares na formação da nação.
