Planet/SCCON do Programa Brasil Mais/Divulgação

Em meio à tragédia que assolou o Rio Grande do Sul, a tecnologia tem se mostrado uma aliada valiosa. O Programa de Monitoramento Rede Brasil M.A.I.S (Meio Ambiente Integrado e Seguro), uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, está utilizando imagens de satélite para mapear a destruição causada pelo ciclone extratropical na região. Essas imagens, que mostram o antes e o depois da tragédia, estão sendo fundamentais para auxiliar o governo local a tomar decisões estratégicas e emergenciais, além de guiar os esforços de reconstrução nas áreas afetadas.

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Impacto Devastador: Números que Comovem

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Antes: imagens de satélite mostram alcance da destruição do ciclone no RS Foto: Planet/SCCON do Programa Brasil Mais/Divulgação
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Depois: imagens de satélite mostram alcance da destruição do ciclone no RS Foto: Planet/SCCON do Programa Brasil Mais/Divulgação

A situação no Rio Grande do Sul é gravíssima. Até o momento, 104 municípios foram afetados, deixando um rastro de destruição e sofrimento. O balanço mais recente indica que 48 pessoas perderam suas vidas e nove ainda estão desaparecidas. Além disso, mais de três mil pessoas foram resgatadas, enquanto quase cinco mil estão desabrigadas e mais de mil estão desalojadas. O número total de cidadãos afetados é alarmante, chegando a quase 360 mil, com quase mil pessoas feridas. Esses números demonstram a urgência e a necessidade de ações coordenadas e eficazes para mitigar o sofrimento e iniciar o processo de reconstrução.

Um Olhar do Alto: A Tecnologia que Salva Vidas

A tecnologia tem desempenhado um papel crucial nesse momento de crise. As imagens de satélite, fornecidas pela empresa estadunidense Planet e organizadas pela plataforma SCCON, estão sendo utilizadas para gerar alertas críticos, como identificação de áreas de alagamento e queimadas. Atualmente, mais de 300 instituições governamentais estão cadastradas na plataforma, com cerca de 43 mil usuários, incluindo órgãos importantes como o IBAMA e a Agência Nacional de Águas. Essa rede integrada está facilitando a coordenação e a resposta rápida às emergências, demonstrando o poder da tecnologia em auxiliar na gestão de desastres.

Visão Detalhada: A Importância da Resposta Rápida

A CEO da SCCON, Iara Musse, e o diretor comercial, Vinícius Rissoli, explicaram como a plataforma funciona. Com uma rede de 180 satélites orbitando a mais de 550 quilômetros da Terra, é possível captar imagens em alta resolução do território brasileiro diariamente. Essas imagens são então disponibilizadas em uma plataforma web, permitindo que as equipes de resposta identifiquem as áreas mais afetadas e planejem suas ações de maneira mais eficaz. O governo do Rio Grande do Sul tem utilizado essas imagens para identificar áreas urbanas e rurais impactadas pelos alagamentos, facilitando a tomada de decisões estratégicas e emergenciais.

Conclusão

A tragédia que se abateu sobre o Rio Grande do Sul trouxe consigo uma onda de destruição e sofrimento. No entanto, em meio a essa adversidade, a tecnologia tem se mostrado uma aliada valiosa, permitindo uma resposta mais rápida e coordenada. À medida que o estado começa o longo processo de reconstrução, é reconfortante saber que há ferramentas disponíveis para ajudar a guiar esses esforços, com o objetivo de restaurar a normalidade e ajudar as comunidades a se recuperarem desta tragédia sem precedentes.

Com informações da Agência Brasil

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).