CCOPAB conduz Estágio de Coordenação Civil-Militar para Missões da ONU

O curso prepara militares, policiais e civis para funções no Sistema de Assuntos Civis da ONU, com treinamento online e presencial para lidar com as diversas situações em missões de paz

No período de 12 a 30 de junho de 2023, o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) conduziu um treinamento de suma importância para a harmonização de ações entre civis, militares e policiais em ambientes de missões internacionais. Conhecido como Estágio de Coordenação Civil-Militar (Civil-Military Coordination Course – CIMIC, em inglês), o curso tem como propósito primordial preparar os participantes para funções relacionadas ao Sistema de Assuntos Civis da Organização das Nações Unidas (ONU).

Aprendizado à Distância: A Primeira Fase

Com duração de duas semanas, a primeira fase do curso foi conduzida na modalidade de ensino a distância através da plataforma EBAula. Esta etapa possibilitou aos participantes se familiarizar com os conceitos básicos relativos às missões de paz (CPTM, em inglês). Os módulos de treinamento pré-desdobramento, criados pelo Departamento de Operações de Paz da ONU, ofereceram a base conceitual necessária para o prosseguimento à etapa presencial do estágio.

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Aprendizado Presencial: A Segunda Fase

Iniciada em 26 de junho, a segunda fase abordou os conteúdos específicos da temática da coordenação civil-militar, presente nos módulos de treinamento específicos da ONU (STM, em inglês). Foi uma oportunidade ímpar para os estagiários interagirem em um ambiente diversificado, similar à complexidade das operações de paz, com atividades que incluíram simulações e a troca de experiências. A participação de diversas instituições civis e militares permitiu uma vivência realista das situações que podem ser enfrentadas em missões internacionais.

Depoimentos de Participantes

A Primeiro-Tenente Brianna, da Polícia Militar de Santa Catarina, compartilhou sua experiência: “o CIMIC não só nos ensina sobre coordenação entre os militares, os policiais e os civis nas missões de paz, mas também sobre a capacidade de se adequar às dificuldades de escassez de recursos, a diversidade de culturas e crenças e a comunicação: é essencial ser entendido e entender, independente da missão.”

Nicole, pesquisadora do Instituto Meira Mattos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), destacou o papel do CCOPAB na promoção da integração dos componentes, sobretudo aos civis que têm poucas oportunidades de experienciar o trabalho conjunto antes de serem designados para missões. Ela afirmou: “Na prática, o CIMIC oferece uma oportunidade para que o componente civil visualize diferentes cenários e compreenda suas possibilidades de atuação. Somos capacitados para resolver desafios complexos e atuar com altos padrões operacionais, em cooperação com os demais componentes, garantindo conquistas positivas no cumprimento de missões humanitárias, operações de paz, na promoção da segurança e desenvolvimento seja em cenários civis ou militares”.

Perfil dos Participantes

A edição contou com um total de 34 discentes, oriundos do Exército, Marinha e Força Aérea Brasileira, Polícias Militares de diversos estados, civis e até militares da Guiana e da Namíbia, refletindo a diversidade e a complexidade das missões de paz das Nações Unidas.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).