Amazônia Azul: palestra discute Planejamento Espacial Marinho

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Em celebração aos 20 anos do conceito Amazônia Azul, a Marinha do Brasil promove um ciclo de palestras gratuitas no Museu Naval, no Rio de Janeiro. Na última sexta-feira (8), o evento trouxe à tona o tema “Planejamento Espacial Marinho”, destacando a importância da governança e do uso sustentável dos recursos oceânicos do país.

Amazônia Azul e Planejamento Espacial Marinho

A Amazônia Azul, que cobre uma área de 5,7 milhões de quilômetros quadrados, é um patrimônio estratégico do Brasil, maior que a Europa Ocidental em extensão. Representando cerca de 71% da superfície do planeta coberta por oceanos, essa área marítima nacional projeta-se até o limite exterior da Plataforma Continental Brasileira.

O Planejamento Espacial Marinho (PEM) é uma ferramenta fundamental para organizar atividades humanas em áreas marinhas, conciliando metas ecológicas, econômicas e sociais. Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o PEM busca garantir a sustentabilidade da Amazônia Azul, promovendo um equilíbrio entre exploração econômica e preservação ambiental.

A Palestra e o Ciclo de Encontros

A segunda palestra do ciclo foi conduzida pelo Contra-Almirante Ricardo Jaques Ferreira, Secretário da Comissão Interministerial de Recursos do Mar (CIRM). O evento reforçou a abordagem participativa do PEM, que integra conhecimentos científicos e tradicionais para que a sociedade possa compreender e colaborar no uso responsável dos recursos oceânicos.

“A intenção é mesclar o conhecimento científico com o saber tradicional, trazendo a sociedade para participar ativamente desse processo”, destacou o Contra-Almirante. A apresentação também ressaltou a importância de negociações com setores da sociedade para mapear áreas de pesca, transporte marítimo e habitats naturais, promovendo uma governança eficiente do espaço marinho.

O ciclo de palestras, aberto ao público, terá continuidade nos dias 22 e 29 de novembro. As próximas apresentações abordarão temas como o Monumento Natural das Ilhas Cagarras e o papel do mar na política externa brasileira, com especialistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Ministério das Relações Exteriores.

Impactos e Perspectivas do Planejamento Espacial Marinho

Com a implementação do PEM prevista até 2030, o Brasil dá um passo importante para cumprir compromissos assumidos na Conferência da ONU para o Oceano, realizada em 2017. O planejamento abrange quatro grandes regiões da Amazônia Azul – Norte, Nordeste, Sudeste e Sul – e busca equilibrar diferentes interesses, desde a conservação ambiental até o desenvolvimento econômico.

Além da contribuição científica, o PEM conta com financiamento do BNDES e do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO). Recentemente, o BNDES lançou um edital específico para a Região Norte, demonstrando o avanço das iniciativas para integrar as populações locais às discussões sobre sustentabilidade.

A governança dos oceanos representa um desafio global, e o Brasil se destaca ao implementar o PEM como modelo de planejamento estratégico. Essa abordagem busca não apenas proteger o ecossistema marinho, mas também promover a economia azul, criando oportunidades de desenvolvimento sustentável e fortalecendo a soberania nacional sobre a Amazônia Azul.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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