Capacidade dissuasória do Exército garante soberania na selva amazônica

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Em um território onde o Estado é, muitas vezes, representado apenas pela presença fardada, o Exército Brasileiro se consolida como o principal instrumento de soberania na Amazônia Legal. A atuação das tropas na fronteira — com patrulhas, pelotões de selva e um arsenal de tecnologia de monitoramento — fortalece a capacidade dissuasória nacional e impede a atuação livre de atores criminosos e ameaças estrangeiras.

Estrutura militar e presença estratégica na fronteira amazônica

Helicóptero militar sobrevoa floresta densa.

A faixa de fronteira amazônica, com mais de 9 mil quilômetros de extensão, representa um dos maiores desafios operacionais para qualquer força terrestre. Para cobrir esse território, o Exército Brasileiro conta com a atuação do Comando Militar da Amazônia (CMA), que coordena ações em estados como Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e parte do Pará.

Unidades como os Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) estão distribuídas em áreas remotas, com acesso muitas vezes restrito a embarcações ou helicópteros. Esses pelotões não apenas realizam o patrulhamento terrestre e fluvial, como também representam a presença efetiva do Estado brasileiro em regiões fronteiriças desabitadas. Eles desempenham papel essencial na repressão a ilícitos como o tráfico de drogas, garimpo ilegal, contrabando e crimes ambientais.

A atuação permanente das Brigadas de Infantaria de Selva e a integração com órgãos como a Polícia Federal, IBAMA e FUNAI são estratégicas para manter a ordem e a soberania na região. A presença militar é percebida pelas comunidades locais como símbolo de proteção e estabilidade.

Tecnologia e vigilância: SISFRON e o novo “muro invisível” do Brasil

Veículo militar com antena em campo verde
Robson Cesco / Divulgação Embraer Defesa & Segurança

A presença física é reforçada por uma infraestrutura tecnológica crescente. O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) está em plena expansão na região norte e funciona como uma rede integrada de sensores, radares, comunicações criptografadas e sistemas de comando e controle que monitoram as fronteiras terrestres em tempo real.

Drones, satélites e sensores ópticos — aliados ao Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC-1) — fornecem uma cobertura permanente e precisa das áreas mais inacessíveis. Isso permite uma resposta rápida a qualquer movimentação suspeita e dificulta a ação de organizações criminosas transfronteiriças.

O SISFRON é considerado uma “muralha invisível” que, ao invés de separar, integra o território nacional, ampliando a efetividade das ações do Exército com menos necessidade de deslocamentos extensos.

Formação e adaptação: o papel do CIGS na guerra na selva e na defesa territorial

Soldado em barco com arma na floresta.

Nenhuma tecnologia é eficaz sem soldados capacitados para operar em ambiente hostil. O Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), com sede em Manaus, é reconhecido internacionalmente pela formação de militares especializados na condução de operações em selva. Seu lema, “Selva!”, é sinônimo de resistência, estratégia e conhecimento do terreno.

Os oficiais e praças formados pelo CIGS são treinados para enfrentar a floresta como um campo de batalha complexo, onde a logística, o clima e a geografia desafiam os modelos tradicionais de combate. O conhecimento em mobilidade fluvial, sobrevivência, táticas de infiltração e interação com populações indígenas e ribeirinhas permite ao Exército atuar com legitimidade e eficácia.

O CIGS também fortalece a cultura de Defesa e contribui para o prestígio institucional do Exército, sendo um dos pilares da capacidade dissuasória brasileira no contexto amazônico. Ao formar tropas capazes de enfrentar qualquer ameaça — inclusive de natureza híbrida ou irregular — a instituição garante não apenas presença, mas soberania ativa e duradoura.

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