Vista aérea do ASPSP com o NPaOc “Araguari” amarrado à boia

Descoberto há mais de 500 anos, o Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP) permaneceu, por séculos, como um enigma geológico e biológico. Em 1998, a Marinha do Brasil (MB) inaugurou a Estação Científica do Programa de Pesquisas Científicas do ASPSP (Proarquipélago), sob a administração da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), transformando a ilha Belmonte e suas vizinhas em um dos mais significativos laboratórios naturais do Brasil.

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Amazônia Azul: Estratégia e Biodiversidade

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Imagem: CC (CN) Jailson

A Estação não apenas fomentou pesquisas em áreas como biodiversidade marinha, geologia e climatologia, mas também se tornou um pilar estratégico para o Brasil. A habitabilidade permanente da Estação assegurou a incorporação de aproximadamente 450 mil quilômetros quadrados de Zona Econômica Exclusiva (ZEE), ampliando a soberania nacional sobre um território marítimo rico em biodiversidade e recursos naturais.

Um Tesouro Submerso: Diversidade e Pesquisa

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No arquipélago, tubarões-baleia são marcados e monitorados por satélite – Imagem: Marinha do Brasil

O ASPSP é um ecossistema único, com uma rica variedade de espécies endêmicas e um ponto crucial para a reprodução e migração de diversas espécies marinhas. A região é também um ponto de convergência de correntes oceânicas, oferecendo um campo fértil para estudos sobre processos físicos e químicos marinhos.

Um Legado de Conhecimento e Soberania

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Abaixo e em torno da área de 17 km² emersa do ASPSP, há um verdadeiro tesouro a ser explorado, em pesquisas sobre vida marinha, ecossistemas e potenciais minerais – Imagem: Marinha do Brasil

A Estação Científica do ASPSP celebra 25 anos de operação ininterrupta, um testemunho da colaboração eficaz entre a esfera federal e a comunidade científica. Instituições como CNPq, UFES, UFRPE, UFRN, entre outras, têm sido fundamentais nessa jornada. A MB, atuando como um braço logístico vital, garante a continuidade deste projeto estratégico.

O Futuro do ASPSP: Desafios e Expectativas

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Imagem: CC (CN) Jailson

Olhando para o futuro, espera-se que a Estação continue a ser um pilar para o desenvolvimento das Ciências do Mar no Brasil. Com vastas áreas do arquipélago ainda inexploradas, os próximos 25 anos prometem descobertas significativas, mantendo o Brasil na vanguarda da pesquisa marinha global.

Marcelo Barros, com informações da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).