Câmara aprova criação da Companhia Docas de Alagoas

Daniel Barbosa, relator do projeto (Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Não fique refém dos algorítimos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

Em um marco para a economia e a logística do estado de Alagoas, a Câmara dos Deputados aprovou a criação da Companhia Docas de Alagoas. O projeto, que agora segue para o Senado, prevê a gestão própria do Porto de Maceió, transferindo ativos e responsabilidades antes vinculados à Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern).

Razões para a criação da Companhia Docas de Alagoas

O projeto de lei 3034/24, de autoria do Poder Executivo, tem como principal objetivo dar autonomia administrativa e financeira ao Porto de Maceió. Atualmente vinculado à Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), o porto alagoano demonstrou um crescimento expressivo nos últimos anos. Segundo dados apresentados pelo deputado Daniel Barbosa (PP-AL), relator do projeto, em 2023 o Porto de Maceió foi responsável por mais da metade da carga movimentada pela Codern, registrando um aumento de mais de 12% no volume de operações.

Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou a autonomia financeira do Porto de Maceió, justificando a necessidade de uma nova estrutura para atender à demanda crescente de cargas e ao fluxo de navios turísticos na região. O projeto visa fortalecer a competitividade do porto, alinhando-se às avaliações de mercado que projetam aumentos de movimentação até 2041.

Estrutura e funcionamento da nova companhia

A Companhia Docas de Alagoas será uma sociedade anônima de direito privado, vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos. Todos os ativos e passivos relacionados à administração do Porto de Maceió, incluindo acervos técnicos e documentais, serão transferidos da Codern para a nova companhia.

Para garantir sua sustentabilidade financeira, os recursos da Companhia Docas de Alagoas virão de tarifas portuárias, contratos e arrendamentos, além de outras receitas como operações de crédito e doações. A proposta também autoriza a União a firmar contratos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para apoio estratégico em reorganização societária, governança e outras demandas técnicas.

Debates e impactos políticos e econômicos

A aprovação do projeto gerou discussões no plenário da Câmara. Enquanto deputados como Marcel van Hattem (Novo-RS) e Rosangela Moro (União-SP) criticaram a criação de uma nova estatal, alegando aumento de gastos públicos, outros, como o deputado Reimont (PT-RJ), defenderam que a Companhia Docas de Alagoas será autossustentável e não dependerá de recursos do Tesouro.

O deputado Daniel Barbosa destacou os benefícios esperados para o estado de Alagoas, como o fortalecimento da economia local, a ampliação da capacidade logística e a geração de empregos diretos e indiretos. Além disso, o porto terá um papel estratégico no turismo, já que recebeu mais de 100 mil passageiros na temporada 2023/2024.

A criação da companhia reflete a necessidade de modernização e autonomia para atender à crescente demanda do Porto de Maceió, colocando Alagoas em posição de destaque no cenário logístico nacional. Agora, o projeto será analisado pelo Senado para conclusão do processo legislativo.

Com informações da Agência Câmara

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Google News

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui