Marinha auxilia Fuzileiros Navais na transição para a vida civil

A experiência adquirida na carreira militar pode ser um diferencial valioso no mercado de trabalho civil. Com essa visão, a Marinha do Brasil, por meio do Corpo de Fuzileiros Navais, desenvolveu o Programa de Recolocação Profissional, que já viabilizou mais de 1.100 vagas de emprego e realizou cerca de 900 capacitações em 2024. A iniciativa fortalece a conexão entre ex-militares e empresas que buscam profissionais altamente qualificados e disciplinados.

O Programa de Recolocação Profissional do Corpo de Fuzileiros Navais

Criado para facilitar a reinserção dos Fuzileiros Navais licenciados ou em processo de desligamento do serviço ativo, o Programa de Recolocação Profissional oferece cursos de capacitação e intermediação com empresas de diferentes setores. O objetivo é garantir uma transição mais fluida e eficiente para a vida civil, aproveitando as habilidades desenvolvidas na carreira militar, como disciplina, resiliência e trabalho em equipe.

Em 2024, o programa registrou números expressivos: mais de 400 militares conseguiram novas colocações no mercado de trabalho, cerca de 900 capacitações foram realizadas e mais de 1.100 vagas foram oferecidas para os inscritos. A iniciativa disponibiliza os currículos dos Fuzileiros Navais para empresas públicas e privadas, ampliando as possibilidades de recolocação profissional.

Além das capacitações e do suporte na busca por emprego, o programa contribui para que os ex-militares se adaptem à nova rotina profissional, oferecendo orientações sobre o mercado de trabalho civil e as exigências de cada setor.

Parcerias e oportunidades para os ex-militares

O sucesso do Programa de Recolocação Profissional depende do apoio de empresas interessadas em contar com a experiência e a qualificação dos militares. Em 2024, 35 empresas firmaram parcerias com a Marinha, e em 2025, novos acordos foram estabelecidos, incluindo a Direcional Engenharia e a Porto Sudeste do Brasil.

Para Ulisses Oliveira, Diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da Porto Sudeste, contar com ex-militares na equipe é um grande diferencial:

“Nós esperamos apresentar boas oportunidades dentro da nossa empresa, tanto na área logística quanto para técnicos operacionais em geral. A experiência e o comprometimento dos Fuzileiros Navais serão valiosos para o nosso terminal portuário.”

Entre os beneficiados pelo programa está o Soldado Fuzileiro Naval Francisco Cleiciano de Brito Oliveira, que deixou a Marinha em 2023 e encontrou uma oportunidade de emprego na área administrativa, onde já atuava dentro da Força.

“Quando cheguei à Marinha, eu era um adolescente que não tinha responsabilidade, não sabia o que era ter foco e determinação. Aprendi tudo isso no decorrer do curso de formação. O Corpo de Fuzileiros Navais me forjou de uma maneira ímpar. Hoje, sei o que é dar valor à vida, à família e ao trabalho”, destaca o ex-militar.

Os setores que mais contratam ex-Fuzileiros Navais incluem segurança privada, construção civil, logística e manutenção industrial. Empresas que buscam profissionais disciplinados, comprometidos e com experiência em liderança e gestão de crises encontram nesses militares um perfil altamente qualificado para diversas funções.

Como participar: inscrições e próximos passos

O Programa de Recolocação Profissional oferece cursos ao longo do ano em diversas áreas, preparando os ex-militares para diferentes segmentos do mercado de trabalho. Algumas das capacitações disponíveis incluem:

• Vigilante e escolta armada
• Eletricista e instalações prediais
• Mecânico de automóveis
• Bombeiro civil com especialização em trabalho em altura e espaço confinado

Os Fuzileiros Navais interessados em participar do programa podem acessar o site oficial da Marinha para verificar as oportunidades e realizar a inscrição. Empresas que desejam integrar a iniciativa e contratar ex-militares podem entrar em contato pelos telefones (21) 2126-5352 ou (21) 99769-9064.

Com essa iniciativa, a Marinha do Brasil reafirma seu compromisso com o bem-estar e a valorização de seus militares, garantindo que, após o serviço ativo, eles possam continuar contribuindo para a sociedade com competência e profissionalismo.