Em um movimento decisivo para o futuro da sustentabilidade marítima, a Organização Marítima Internacional (IMO), uma agência especializada das Nações Unidas, revisou suas metas para a redução das emissões de gases de efeito estufa no transporte marítimo. Com uma estratégia ambiciosa, a organização visa reduzir até 30% das emissões até 2030 e até 80% até 2040, conforme delineado na Estratégia IMO 2023. Esta revisão destaca o compromisso global em responder às demandas ambientais crescentes e alinhar o setor marítimo com os objetivos de sustentabilidade global.

Seminário de Transição Energética no Mar: Desafios e Oportunidades no Brasil

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O Secretário-Geral da IMO, Arsenio Antonio Domínguez Velasco, visitou o Brasil para participar do seminário “Transição Energética no Mar: Desafios e Oportunidades no Brasil”, organizado pela Marinha do Brasil em colaboração com instituições públicas e privadas. O evento ocorreu no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e na Fundação Getúlio Vargas (FGV), ambos no Rio de Janeiro, e contou com a presença de várias autoridades do setor marítimo e energético.

Foco na Redução de Emissões e Sustentabilidade Marítima

Durante o seminário, foram abordadas questões técnicas e econômicas para reduzir as emissões de navios, incluindo a utilização de combustíveis alternativos como biocombustíveis, etanol, entre outros. A discussão também envolveu os desafios regulatórios, a implementação de portos verdes e corredores verdes, e as oportunidades para a indústria naval no cenário de transição energética. A ênfase foi colocada na necessidade de desbloquear barreiras à expansão dos combustíveis verdes na indústria marítima e entender os impactos na indústria do petróleo e gás.

Compromissos Internacionais e Cooperação

O seminário reforçou a importância da cooperação internacional e do alinhamento com as diretrizes da IMO para garantir uma transição energética segura e eficiente no transporte marítimo. O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, destacou a contribuição significativa do transporte marítimo para a economia brasileira e a necessidade de uma transição que considere equitativamente os interesses nacionais.