O Ministro Fernando Haddad convenceu o presidente Lula de que financiar a venda de blindados Guarani para a Argentina seria uma aposta arriscada. Esta operação, já contestada pela própria Defesa e pelo Exército, seria uma tarefa complicada de explicar ao público brasileiro, que acabaria por arcar com o possível calote argentino.
Lula, Haddad e os Bastidores da Decisão
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Enquanto Lula via o acordo como uma oportunidade de fortalecer a indústria nacional de defesa e promover a aproximação com a Argentina – um movimento estratégico na política externa e na busca por protagonismo internacional – Haddad alertou para os riscos. O ministro explorou todas as possibilidades financeiras, desde o BNDES, passando pelo Banco dos Brics e culminando no Banco da Patagônia, no qual o Banco do Brasil detém a maioria. No entanto, nenhum desses caminhos se mostrou viável.
Os Riscos da Venda: Uma Crise à Vista
“Os argentinos não têm dinheiro para pagar, nem garantias”, lamenta um ex-defensor da venda dos 156 blindados, produzidos pela empresa privada Iveco e avaliados em cerca de R$ 10 milhões cada. O presidente argentino, Alberto Fernandez, tem atribuído a grave crise de seu país a quatro anos de seca, afirmando que o clima em breve iria melhorar. Contudo, as previsões climáticas não corroboram esse otimismo – o fenômeno El Niño só tende a agravar a situação.
Com informações do Estado