Banco Mundial/Mariana Ceratti Projeto pretende fortalecer sistemas de monitoramento e combate a incêndios florestais

O Banco Mundial aprovou projeto de US$ 200 milhões para o estado do Amazonas. A iniciativa apoiará reformas destinadas a promover a sustentabilidade fiscal e, ao mesmo tempo, promover a conservação e o desenvolvimento florestais. Dessa forma, será possível ajudar o estado a ter uma recuperação econômica inclusiva no pós-pandemia.

 O Amazonas foi um dos estados mais impactados pela Covid-19 e, antes da pandemia, já tinha um dos níveis de pobreza mais altos do país. Estima-se que quase 40% da população vivam com menos de US$ 5,50 por dia ou aproximadamente R$ 30.

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Inclusão 

 O novo projeto promoverá a inclusão social aumentando de 9,6 mil para 12 mil o número de famílias pobres atendidas pelo Programa Bolsa Floresta. Essa é uma iniciativa pioneira para remunerar famílias vulneráveis em comunidades que protegem as florestas, especialmente no sul do Amazonas, onde ocorre 80% do desmatamento ilegal.

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 Além disso, o projeto apoiará o lançamento do programa de concessões florestais do estado, de modo a conciliar uso sustentável e proteção da Amazônia. A primeira concessão será criada até 2022, com 60 mil hectares, gerando mais de 500 empregos verdes.

Por meio do projeto, ainda será possível fortalecer os planos de monitoramento, alerta precoce e combate ao desmatamento e aos incêndios florestais. E, finalmente, melhorar os sistemas de regularização ambiental e fundiária. Assim, a capacidade de validação anual de cadastros ambientais rurais poderá aumentar de 11 para 2,1 mil em dois anos.

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Emissões

Com a diminuição do desmatamento, o projeto permitirá a redução das emissões de gases de efeito estufa equivalentes a cerca de 11% das metas nacionalmente determinadas do Brasil no Acordo de Paris.

 Na parte de sustentabilidade fiscal, a iniciativa apoiará a reforma da Previdência do Amazonas, que unificará o sistema entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, aumentando a transparência. A reforma gerará uma economia de cerca de R$ 200 milhões, reduzindo em 11% o déficit fiscal estimado para 2022.

 Ao longo da próxima década, calcula-se que as reformas apoiadas pelo projeto gerem uma economia fiscal acumulada de R$ 1,9 bilhão. Com isso, o Amazonas poderá ter recursos suficientes para investir em infraestruturas e em serviços públicos de educação e saúde.

 

Por Mariana Ceratti, do Banco Mundial Brasil 

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).