Foto: Redes Sociais / Twitter

O ataque aéreo israelense nas proximidades de Damasco, que resultou na morte de Sayyed Razi Mousavi, assessor sênior do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC), reacende as complexas dinâmicas militares no Oriente Médio. Mousavi era uma figura central na coordenação da aliança militar entre Síria e Irã, desempenhando um papel crucial no “Eixo da Resistência” – uma rede de aliados e procuradores apoiados pelo Irã na região.

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A Posição do IRGC no Cenário Internacional

O IRGC, uma ramificação das Forças Armadas Iranianas, foi designado como uma organização terrorista estrangeira pelos Estados Unidos desde 2019. Essa classificação reflete a visão do governo dos EUA de que o IRGC participa ativamente, financia e promove o terrorismo como ferramenta de estado. O IRGC é notório por seu envolvimento em várias operações militares no Oriente Médio, apoiando grupos considerados terroristas pelos EUA.

Detalhes e Repercussões do Assassinato de Mousavi

Segundo a mídia estatal iraniana, o assassinato de Mousavi ocorreu no distrito de Zeinabiyah, perto de Damasco. O IRGC condenou o ataque, e a televisão estatal iraniana interrompeu as transmissões regulares para anunciar a morte, indicando o status de alto perfil de Mousavi dentro do IRGC.

Implicações Regionais e Históricas

Esse incidente surge em meio a preocupações com conflitos escalonáveis na região, especialmente entre Israel e grupos apoiados pelo Irã, como o Hezbollah. O envolvimento de longa data de Mousavi na região, desde a década de 1980, e sua conexão com Qassem Soleimani, o falecido chefe da Força Quds do IRGC, sublinham sua importância nas estratégias regionais do Irã.

A Dinâmica Militar na Síria e o Papel do Irã

Os EUA e Israel têm como alvo elementos ligados ao Irã na Síria, especialmente desde o início da guerra civil síria em 2011, que viu a influência do Irã na Síria crescer devido ao seu apoio ao presidente Bashar al-Assad. Estas ações militares contínuas e o último ataque aéreo são parte de um padrão mais amplo de conflito regional envolvendo vários atores estatais e não estatais.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).