Por Daniel Rittner

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Com orçamento considerado muito abaixo das necessidades e contemplando menos de R$ 100 milhões anuais para investimentos, a Agência Espacial Brasileira (AEB) aposta em mais parcerias com o setor privado para fomentar seus programas de satélites.

Um dos exemplos de esforço conjunto em torno do desenvolvimento aeroespacial é o projeto Constelação Catarina, que envolve a construção de nanossatélites, categoria de menor custo e peso abaixo de 10 quilos por unidade.

Trata-se de uma parceria entre a AEB e diversos órgãos de Santa Catarina, com apoio da bancada parlamentar do Estado no Congresso por meio de emendas, e possíveis aportes privados no futuro. A iniciativa tem como objetivo antecipar eventos climáticos que possam causar estragos de grandes proporções. Em julho do ano passado, um ciclone-bomba destruiu boa parte da rede elétrica e provocou perdas bilionárias.

O presidente da agência, Carlos Moura, quer ter “um primeiro produto rodando” para lançamento entre 2022 e 2023. Está prevista a criação e fabricação de 13 nanossatélites que vão ajudar na prevenção de desastres naturais e no aprimoramento da agricultura de precisão. A parceria inclui o governo catarinense, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), federação local de indústrias e Sesi, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional de Águas.

Moura acredita que a indústria de óleo e gás, interessada na rápida identificação de vazamentos, e a mineração são outros potenciais colaboradores da AEB. “O que precisamos é montar bons projetos para acessar outras fontes, que não são o orçamento tradicional.”

Fonte: Valor