Deputado Júlio Lopes (Foto: Divulgação)

O Brasil está prestes a dar um grande passo no avanço de seu programa nuclear, com um empréstimo de 3 bilhões de euros da França, discutido em um encontro entre o deputado Júlio Lopes e o embaixador francês Emmanuel Lenain. Este acordo, previsto para ser assinado durante a visita do presidente Emmanuel Macron ao Rio de Janeiro, representa um marco significativo para o setor nuclear brasileiro.

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Detalhes do Acordo

O empréstimo está condicionado à participação da empresa francesa Orano na exploração de urânio no Brasil. Este acordo não só ampliará o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) da Marinha, mas também impactará positivamente outras áreas como agricultura, medicina nuclear e intercâmbio científico.

Situação Atual e Perspectivas Futuras

Atualmente, o Brasil possui capacidade limitada em termos de postos de trabalho na área nuclear, com a maioria das contratações ocorrendo na empresa Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S/A (Amazul). O acordo com a França pode destravar as obras das usinas de Angra dos Reis, incluindo a modernização de Angra I e a continuação de Angra III, estagnadas há mais de dez anos.

Investimentos Necessários e Custos de Manutenção

A manutenção dessas usinas paralisadas representa um custo significativo, estimado em cerca de R$ 15 bilhões, para evitar o vazamento de material radioativo. A conclusão das obras exigiria um investimento adicional de R$ 20 bilhões.

O Potencial Nuclear Brasileiro

O Brasil, com a quinta maior reserva mundial de urânio, possui um vasto potencial no setor nuclear. A mina de Santa Quitéria, no Ceará, é um exemplo notável, com previsão de produção de urânio que pode gerar cerca de 400 milhões de dólares em royalties anuais a partir de 2026.

Visão Estratégica do Plano Nuclear

O plano nuclear brasileiro inclui 20 pontos vitais, como a formação de profissionais, políticas de comunicação na área nuclear, construção de reatores nucleares de pequeno porte, e a realização de um novo mapeamento das jazidas de urânio no Brasil.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).