Durante os séculos XVII e XVIII, a Europa viu uma dança de alianças e conflitos, e Portugal e Espanha não foram exceção. Estas duas nações, vizinhas na Península Ibérica, tiveram momentos de cooperação, mas também de tensão e rivalidade. Uma dessas tensões culminou na “Guerra das Laranjas” em 1801. Neste cenário, a região rica em erva-mate e de grande valor estratégico chamou a atenção do governador espanhol da província do Paraguai, D. Lázaro de Ribeira.
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O Cerco ao Forte
O desejo espanhol de expandir seu território levou a uma decisão audaciosa: atacar e ocupar o Forte português. Com uma flotilha composta por 3 navios, 600 militares e um grupo de índios em canoas, os espanhóis pareciam ter uma vantagem esmagadora contra os 49 defensores do Forte. Este forte, ainda em construção e com apenas três muralhas prontas, estava sob o comando do tenente-coronel português Ricardo Franco de Almeida Serra, que também era o cérebro por trás de seu projeto e construção.
Nove Dias de Coragem
Apesar da desvantagem numérica e de armamento, os portugueses rejeitaram a proposta de rendição espanhola. O que se seguiu foram nove dias intensos de bombardeio e resistência tenaz. Os defensores do Forte mostraram uma coragem e determinação inabaláveis, impedindo os espanhóis de conquistar o Forte ou mesmo de desembarcar para se reabastecer. Em 24 de setembro de 1801, diante da resistência intransigente dos portugueses, os espanhóis decidiram recuar.
Um Legado Duradouro
A resistência heroica no Forte não foi apenas uma vitória militar para Portugal, mas também uma vitória geopolítica. Graças à bravura dos defensores, Portugal garantiu a posse de vastas extensões de terras, que hoje fazem parte do estado brasileiro do Mato Grosso do Sul. Esta história é um testemunho do espírito resiliente e da determinação do povo português em face de adversidades esmagadoras.