9º Batalhão de Saúde treina militares para atuar em combate

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Em meio ao calor do Pantanal sul-mato-grossense, o 9º Batalhão de Saúde (9º B Sau) promoveu uma intensa capacitação em saúde operacional, preparando militares de diversas regiões do país para enfrentar o que há de mais desafiador: o atendimento médico em cenários de combate. Foram quatro dias de treinamento que simularam situações reais de guerra, com foco no suporte à vida sob pressão e no domínio do Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APH Tático).
Estrutura técnica da Operação PAA e o papel do 9º Batalhão de Saúde
A Operação Posto de Atendimento Avançado (PAA) mobilizou uma força conjunta de 19 militares provenientes de 13 Organizações Militares (OM) subordinadas ao Comando Militar do Oeste e outras regiões. Conduzido pelo 9º B Sau, o treinamento incluiu módulos de montagem e operação de postos de atendimento de 2º escalão, triagem e evacuação médica, uso de equipamentos de suporte básico e avançado de vida, além de técnicas de APH tático sob fogo.
Durante os exercícios práticos, os militares tiveram acesso a simuladores de combate, manequins de treinamento avançado e cenários com controle de hemorragias, vias aéreas e trauma torácico. O diferencial da capacitação foi o exercício noturno, que simulou múltiplas vítimas em um cenário instável, testando a habilidade das equipes de manter o atendimento sob estresse, ruído e condições adversas.
Impacto humano e psicológico do treinamento em ambiente simulado de guerra
A experiência intensa teve como objetivo não apenas o aperfeiçoamento técnico, mas também a preparação emocional dos profissionais de saúde militar. Em meio a fumaça, sons de explosões e iluminação reduzida, os participantes precisaram agir com precisão, enfrentando a pressão de decisões críticas em poucos segundos.
Segundo o Gen Bda Médico R/1 Oiticica, Chefe da Divisão de Saúde Operacional do Comando Logístico (COLOG), a atuação médica em ambiente de combate exige domínio técnico, mas também uma sólida resiliência mental e preparo psicológico. “O profissional de saúde militar precisa se capacitar para cenários não controlados. O aprendizado, contudo, é contínuo e vasto”, declarou o general, que acompanhou de perto os exercícios.
Esse enfoque humanizado fortalece o senso de missão, companheirismo e prontidão, aspectos indispensáveis quando vidas estão em jogo. Os militares também receberam instruções sobre gestão emocional em crise, um diferencial que os prepara não apenas para a guerra, mas para ações de apoio à população em desastres e calamidades.
A importância da saúde operacional na prontidão das Forças Armadas
A capacitação realizada em Campo Grande reforça um dos pilares centrais da atuação militar contemporânea: a integração entre logística e saúde operacional. O 9º Grupamento Logístico (9º Gpt Log) e o 9º B Sau demonstraram, com esse exercício, a capacidade do Exército Brasileiro de responder rapidamente a emergências em qualquer ponto do território nacional, seja em contexto de guerra ou em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
A atuação das Organizações Militares participantes — entre elas o 28º B Log, 17º RC Mec, 47º BI, 58º BI Mtz, e HMilACG — evidencia a articulação entre unidades operacionais e de apoio, consolidando a doutrina de saúde em campanha como ferramenta estratégica. A solenidade de encerramento, com entrega de certificados, simbolizou o comprometimento institucional com a prontidão, excelência e proteção da tropa.
Ao preparar profissionais para atuar na linha de frente da saúde militar, o Exército reafirma seu papel não apenas como força armada, mas como instituição comprometida com a vida, a segurança e o preparo contínuo de seus integrantes.
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