Foto: INB

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) concedeu a Aprovação do Local para a instalação de beneficiamento de urânio no Complexo de Santa Quitéria, situado no município de Santa Quitéria, Ceará. Esse é o primeiro passo no processo de licenciamento mínero-industrial do empreendimento.

Desenvolvimento

A reunião que deliberou a aprovação ocorreu na sexta-feira, 24 de maio, no Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), localizado na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. O Complexo Mínero-industrial de Santa Quitéria é um projeto estratégico para o Brasil, visando a produção simultânea de elementos fosfatados para fertilizantes e concentrado de urânio. Este último é essencial para a produção de energia elétrica nos reatores nucleares de Angra dos Reis.

A aprovação foi concedida após uma avaliação detalhada do Relatório do Local pela equipe técnica da CNEN, que analisou diversos aspectos como geografia, geologia, hidrologia, geotecnia, sismologia, meteorologia, processos operacionais, gerenciamento de rejeitos e proteção radiológica ambiental. A CNEN concluiu que todos os requisitos normativos foram satisfatoriamente atendidos pelo requerente nesta fase inicial.

Impacto na Segurança Pública

O processo de licenciamento rigoroso conduzido pela CNEN assegura que a segurança nuclear e radiológica do empreendimento seja prioritária. A instalação de beneficiamento de urânio no Complexo de Santa Quitéria representa um passo importante para a independência energética do Brasil, ao mesmo tempo em que reforça a segurança na produção e gerenciamento de materiais radioativos.

Fortalecimento da Base Industrial de Defesa

A produção de concentrado de urânio e elementos fosfatados não só impulsiona a Base Industrial de Defesa, mas também contribui para o fortalecimento da economia nacional. A capacidade de produzir fertilizantes localmente reduz a dependência de importações, enquanto o urânio beneficiado sustenta a geração de energia nuclear.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).