Stubby, o cão que virou sargento na Primeira Guerra Mundial

Cachorro com jaqueta cheia de medalhas.
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Em meio ao caos das trincheiras da Primeira Guerra Mundial, um herói improvável emergiu com coragem e lealdade inabaláveis. Seu nome era Stubby, um cão de rua que se tornou o mascote — e depois sargento — do 102º Regimento de Infantaria dos Estados Unidos. Durante 18 meses, Stubby participou de 17 batalhas, salvou vidas e capturou um espião alemão, conquistando o coração dos soldados e a admiração de uma nação inteira.

As missões e feitos de Stubby no campo de batalha

Stubby rapidamente demonstrou que era mais do que um mascote. Com seu faro apurado, ele foi capaz de detectar ataques com gás mostarda antes mesmo que os soldados percebessem, alertando-os para colocarem as máscaras. Quando as bombas explodiam e a confusão se instaurava, Stubby localizava os soldados feridos, muitas vezes latindo para chamar ajuda ou permanecendo ao lado deles até que fossem socorridos.

Um de seus atos mais lendários ocorreu quando capturou um espião alemão, agarrando-o pelas calças e impedindo sua fuga até a chegada dos soldados americanos. Por essa façanha, Stubby foi promovido a sargento em combate — uma honraria sem precedentes para um animal. Seu desempenho no front ultrapassava o de muitos soldados humanos, sendo reconhecido com diversas medalhas e homenagens militares.

O vínculo entre Stubby e os soldados americanos

Mais do que um combatente corajoso, Stubby se tornou uma presença reconfortante nas trincheiras. Durante longas campanhas e sob condições brutais, sua companhia ajudava a elevar o moral da tropa, oferecendo uma espécie de alívio emocional. Os soldados o consideravam parte da família e seu uniforme personalizado, com insígnias de batalhas e condecorações, simbolizava esse laço especial.

Stubby também desempenhava um papel simbólico. Representava a resiliência, a lealdade e o espírito de luta do soldado comum. Sua simples presença humanizava um ambiente desolador, trazendo calor em meio à frieza da guerra. Onde quer que o regimento fosse, lá estava Stubby, firme ao lado de seus companheiros.

A consagração de Stubby como herói nacional

Pessoa uniformizada e grupo com cachorro em mesa
By Unknown author – Smithsonian Institution’s National Museum of American HistoryRetrieved from National Post, Public Domain

Ao retornar aos Estados Unidos após o fim da guerra, Stubby foi recebido como um verdadeiro herói nacional. Participou de desfiles, foi tema de reportagens de destaque e até recebeu uma medalha pessoal do general John Pershing, comandante das Forças Expedicionárias Americanas. Tornou-se um ícone popular, inspirando gerações com sua história de bravura.

Stubby viveu até 1926 e, após sua morte, foi embalsamado e passou a integrar a coleção do Smithsonian Institution. Sua trajetória virou livros, documentários e até animações. Ele permanece até hoje como o cão de guerra mais condecorado da história americana, símbolo de um tipo de heroísmo que ultrapassa as fronteiras entre o humano e o animal.

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