Foto: Joel Kowsky/Nasa

Um foguete modelo Falcon 9, da SpaceX, carregou 143 satélites até a órbita terrestre neste domingo (24). A missão estabeleceu um novo recorde para a quantidade de dispositivos lançados em uma única decolagem.

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Batizada de Transporter-1, a missão carregou 10 satélites para a rede de internet Starlink, também da SpaceX, e mais de 130 outras unidades para clientes da empresa, incluindo a Planet, que opera uma orda de dispositivos para imagens em tempo real da Terra, e a Iceye, que instala radares para o rastrear o deslocamento de blocos de gelo que possam apresentar riscos.

O recorde anterior do maior número de satélites enviados ao espaço em uma mesma viagem era do PSLV, um foguete indiano que transportou 104 satélites em um lançamento em 2017.

A Transporter-1 foi a primeira missão do novo programa de lançamentos compartilhados que a SpaceX anunciou em 2019. A empresa disse na época que vai programar decolagens regulares do Falcon 9 para transportar grandes lotes de pequenos satélites, os “smallsats”, ao invés de “se concentrar em uma grande carga primária.

A popularidade dos smallsats teve um aumento meteórico nos últimos anos. Eles variam desde o tamanho de um smartphone até modelos maiores, comparáveis a uma geladeira de cozinha. E à medida em que ganham espaço, novas empresas entram no mercado para fornecer serviços com base nas novas tecnologias que esses satélites tornam possíveis.

Normalmente, esses “satélites de bolso” alcançam a órbita ao serem colocados junto com satélites maiores e mais caros, e a lista de espera para o lançamento pode ser longa e imprevisível. Mas houve um grande impulso na indústria de lançamentos para atender diretamente ao crescente mercado de smallsats.

Dezenas de novas empresas de tecnologia espacial estão prometendo construir foguetes em escala reduzida que possam fornecer lançamentos rápidos e fáceis para empresas menores. Duas dessas companhias, o Rocket Lab e a Virgin Orbit, enviaram com sucesso seus “mini-foguetes” à órbita da Terra e iniciaram as operações comerciais.

Os foguetes Falcon 9 da SpaceX são muito maiores que os foguetes do Rocket Lab e da Virgin Orbit, e são normalmente usados ??para lançar dispositivos pesados de comunicação e vigilância ou até mesmo espaçonaves Dragon, que são tripuladas com astronautas e transportam cargas com destino à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Essa decisão de dedicar missões apenas para o lançamento de lotes de smallsats é um claro sinal de quanto o interesse no setor cresceu.

À medida em que aumenta o número de dispositivos em órbita, os especialistas estão cada vez mais preocupados com o congestionamento da órbita terrestre. Já houveram algumas colisões entre os satélites e, embora esses incidentes não representem uma grande ameaça para as pessoas no solo por enquanto, os destroços do acidente podem permanecer no espaço por anos ou décadas, poluindo esta camada do planeta.

Texto traduzido. Leia o orginial, em inglês

Fonte: CNN Brasil

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).