Foto: TV Globo/Reprodução

O Rio Negro, um dos principais afluentes da Bacia Amazônica, registrou um marco preocupante nesta segunda-feira (16). Com uma cota de 13,59 metros, o rio alcançou o menor nível já documentado em mais de um século de monitoramento no porto de Manaus. Este fenômeno não é apenas um registro numérico, mas simboliza os desafios crescentes enfrentados pelas comunidades locais e pelo ecossistema da região.

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Impacto nas Comunidades Ribeirinhas

A queda acentuada no nível do rio já afeta diretamente a vida de 63 comunidades rurais ribeirinhas de Manaus. A estiagem, que levou a Prefeitura a decretar situação de emergência no município no final de setembro, trouxe consequências práticas para a população. Uma das mais evidentes foi a interrupção precoce do ano letivo nas escolas ribeirinhas. Professores e alunos enfrentam grandes desafios para se locomover até as unidades escolares devido à seca, tornando a educação inviável sob as atuais condições.

Causas da Estiagem

O Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) aponta dois principais fatores para a drástica redução no volume de água do Rio Negro. O primeiro é o fenômeno El Niño, que eleva a temperatura das águas superficiais do oceano na região do Pacífico Equatorial. O segundo é o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, situado logo acima da linha do Equador. Este aquecimento inibe a formação de nuvens, resultando em uma diminuição significativa das chuvas na vasta região da Amazônia.

Um Alerta para o Futuro

O recorde histórico de baixa do Rio Negro é mais do que um simples dado estatístico. Ele serve como um alerta sobre as mudanças climáticas e seus impactos diretos na vida das pessoas e no equilíbrio dos ecossistemas. A situação atual exige uma reflexão profunda e ações concretas para garantir a preservação da região amazônica e o bem-estar de suas comunidades.

Com info da Agencia Brasil

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).