Em uma tarde ensolarada, o relógio marca exatamente 14h22, e o município de Nova Veneza, localizado no sul de Santa Catarina, volta no tempo. Estamos no dia 16 de setembro de 1944, um momento crucial na história brasileira e mundial. A cidade, que carrega um pedaço da Itália em seu solo, se transforma em um palco vivo, onde a bravura e a coragem dos soldados brasileiros na Segunda Guerra Mundial são revividas em uma encenação que mistura realidade e história, honra e memória.

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A Encenação que Traz a História à Vida

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O Grupo de Encenação Histórica Monte Castelo e militares do 28° Grupo de Artilharia de Campanha se unem em uma reconstituição fiel do primeiro tiro de artilharia da Força Expedicionária Brasileira (FEB) em território italiano. Vestidos com uniformes históricos, eles simulam o avanço de um pelotão de infantaria, mobilizando uma bateria de obuses, armas de fogo de longo alcance que foram cruciais naquele período de guerra.

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A encenação acontece nas Casas de Pedra, um local que reproduz com realismo o cenário de Monte Bastione, ao norte da cidade italiana de Lucca, onde o primeiro tiro da FEB foi disparado. Este evento, que conta com a presença de figuras militares de alta patente, como o General de Divisão André Luiz Ribeiro Campos Allão e o General de Brigada Márcio Cossich Trindade, serve como uma ponte entre o passado e o presente, permitindo que as novas gerações compreendam a magnitude dos esforços brasileiros durante a guerra.

A Poderosa Artilharia Brasileira na Segunda Guerra

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Há 79 anos, no mesmo dia e horário, um obuseiro M101 A1, uma arma poderosa e precisa, marcava o início da participação brasileira ativa na Segunda Guerra Mundial. Este foi o primeiro de milhares de tiros que ressoariam pelos campos de batalha europeus, demonstrando a força e a precisão da artilharia brasileira.

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Os tiros disparados pela Artilharia Expedicionária não apenas marcaram a presença brasileira no conflito, mas também contribuíram significativamente para a vitória dos aliados e para a libertação da Europa do jugo nazista. A eficiência da FEB não passou despercebida, com mensagens deixadas pelo inimigo no front atestando a presença de uma “nova e precisa Artilharia” no campo de batalha.

Celebrando 80 Anos de Coragem e Dedicação

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A Força Expedicionária Brasileira, criada em 9 de agosto de 1943, simboliza uma época de coragem e dedicação inabaláveis. Após a declaração de guerra contra a Alemanha e a Itália em 1942, o Brasil iniciou a preparação intensiva de seus militares, que desembarcariam na Europa em julho de 1944 para participar ativamente da Segunda Guerra Mundial.

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Esta encenação não é apenas uma reconstituição histórica, mas uma celebração dos 80 anos de criação da FEB, uma homenagem à bravura dos homens e mulheres que se dedicaram a lutar por um mundo mais justo e livre. É uma oportunidade de refletir sobre o papel significativo que o Brasil desempenhou no cenário mundial, e uma chance de inspirar as novas gerações a valorizar e honrar a história de seu país.

Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).