Petrobras lança primeiro projeto de hidrogênio verde no Rio Grande do Norte

Imagem: Petrobras

Em um movimento estratégico para o futuro da energia limpa, a Petrobras iniciou a construção de sua primeira planta de hidrogênio renovável no Rio Grande do Norte. O projeto, com previsão de operação para 2026, será pioneiro no uso de eletrólise alimentada por energia solar, reforçando o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Detalhes do projeto e tecnologia de produção de hidrogênio renovável

A planta-piloto de hidrogênio verde da Petrobras, localizada na Usina Termelétrica do Vale do Açu, em Alto do Rodrigues (RN), utilizará o processo de eletrólise da água movido a energia solar para a produção de hidrogênio renovável. O projeto, em cooperação com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (Senai ISI-ER), terá as obras conduzidas pela WEG, uma empresa brasileira de destaque global no setor de eletrificação. O orçamento total é de R$ 90 milhões, e a previsão é que a planta comece a operar no primeiro trimestre de 2026.

O processo de eletrólise consiste em quebrar as moléculas de água (H2O) usando eletricidade gerada pela energia solar, separando o hidrogênio do oxigênio. O hidrogênio verde produzido será utilizado para geração de energia, além de ser testado em estudos sobre sua adição ao gás natural para alimentar microturbinas, cujos efeitos no desempenho e na integridade estrutural serão analisados.

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

A Usina Fotovoltaica de Alto Rodrigues, que originalmente tinha capacidade de 1,1 MWp (Megawatt pico), será expandida para 2,5 MWp para suprir a demanda de energia elétrica da planta de eletrólise, que operará com uma capacidade de 2 MW. A planta será testada em diferentes modos de operação, aproveitando a conexão com a malha de distribuição de energia e o sistema de armazenamento já instalado na unidade, o que permitirá maior flexibilidade e confiabilidade na produção de hidrogênio.

O papel do hidrogênio verde na estratégia de descarbonização da Petrobras

A construção dessa planta-piloto é um marco no plano da Petrobras de investir em tecnologias de descarbonização. O hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis como a energia solar, não emite gases de efeito estufa durante sua produção, o que o coloca como uma peça-chave na transição para uma economia de baixo carbono.

A Petrobras já vem adotando diversas medidas para reduzir suas emissões de CO₂, e o hidrogênio renovável faz parte de uma estratégia maior que visa explorar novas fontes de energia sustentável. Esse projeto de hidrogênio verde também representa o início de uma possível expansão da produção em escala comercial, conforme o sucesso dos testes e a evolução do mercado de energia limpa.

Uma das inovações que a Petrobras está explorando é o uso do hidrogênio renovável misturado ao gás natural, o que pode representar uma solução de transição importante para o setor de energia. Essa mistura será testada em microturbinas, um processo pioneiro no Brasil, com o objetivo de verificar sua viabilidade técnica e eficiência energética. Além de gerar eletricidade de forma mais limpa, essa combinação pode reduzir a pegada de carbono do uso tradicional do gás natural.

Impacto econômico e ambiental do projeto de hidrogênio verde no Brasil

A planta-piloto de hidrogênio verde da Petrobras não só posiciona a empresa como líder na transição energética, mas também traz impactos econômicos e ambientais relevantes para o Brasil. A produção de hidrogênio verde utiliza os vastos recursos naturais renováveis do país, como a energia solar, o que impulsiona o desenvolvimento tecnológico e sustentável em setores estratégicos.

O Rio Grande do Norte, onde o projeto está localizado, já é conhecido por sua forte atuação em energias renováveis, como a energia eólica. A implantação dessa planta-piloto fortalece ainda mais a posição do estado como um polo de inovação energética, atraindo investimentos e gerando empregos diretos e indiretos durante a construção e operação do projeto.

No plano ambiental, o uso do hidrogênio renovável contribui diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, uma meta importante tanto para o Brasil quanto para a Petrobras. Ao optar por um projeto que não depende de combustíveis fósseis, a empresa reduz sua pegada de carbono e avança na adoção de práticas sustentáveis, essenciais para enfrentar as mudanças climáticas.

Além disso, o sucesso desse projeto-piloto pode abrir caminho para a ampliação da produção de hidrogênio verde no Brasil, consolidando o país como um dos principais players globais na produção e exportação desse combustível limpo. Com sua abundância de recursos solares e renováveis, o Brasil tem um grande potencial para se tornar uma referência mundial em energia limpa, transformando sua matriz energética e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Google News

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui