Operação Corcovado: Exército avalia incidentes e resultados do G20

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O Rio de Janeiro se transformou em um palco de segurança máxima durante a cúpula do G20, e a Operação Corcovado foi o centro dessa estratégia. Coordenada pelo Exército Brasileiro, a operação mobilizou milhares de militares e equipamentos de ponta para garantir a tranquilidade de um evento global. Apesar de um disparo isolado próximo à Linha Amarela, o balanço final foi positivo, consolidando a capacidade das Forças Armadas em grandes eventos.
Preparativos e estratégias da Operação Corcovado
A Operação Corcovado, nomeada em homenagem ao morro que abriga o Cristo Redentor, foi uma das maiores ações integradas de segurança realizadas no país. Com 22,3 mil militares mobilizados, sendo 18,5 mil do Exército, 2,1 mil da Marinha e 1,6 mil da Aeronáutica, o esquema contou com 32 veículos blindados, sete helicópteros e quatro equipamentos antidrones.
Desde o início, o planejamento priorizou protocolos antiterrorismo, replicando experiências de eventos como a Olimpíada de 2016 e a Copa do Mundo de 2014. Além das varreduras em áreas críticas, as equipes realizaram ações preventivas em hotéis e no metrô, orientando funcionários sobre sinais de comportamentos suspeitos. A integração com a Polícia Federal e as polícias estaduais garantiu segurança cibernética, defesa aeroespacial e proteção de vias estratégicas.
Incidente na Linha Amarela e resposta integrada
O único fato que chamou atenção durante a operação foi um disparo ocorrido na Linha Amarela, no domingo, 17 de novembro. Uma tropa militar parou para auxiliar um veículo no acostamento, nas proximidades da Cidade de Deus, quando foi surpreendida por tiros. Apesar do susto, ninguém ficou ferido, e o incidente foi rapidamente controlado graças à integração com a Polícia Militar.
De acordo com o general de brigada Lucio Alves de Souza, comandante da Operação Corcovado, o episódio reflete os desafios de operar em um ambiente como o Rio de Janeiro. “Quando você está com tropa na rua, em um ambiente de segurança pública do Rio de Janeiro, isso pode acontecer. Mas a resposta foi imediata e eficiente, demonstrando a integração entre as forças”, afirmou.
Resultados e legado da segurança no G20
A cúpula do G20 foi um sucesso do ponto de vista de segurança. O general Souza avaliou a operação com “nota dez”, destacando o cumprimento do principal objetivo: garantir a segurança dos chefes de Estado e das delegações estrangeiras. O fechamento do Aeroporto Santos Dumont foi considerado um fator decisivo, reduzindo riscos e otimizando o trânsito das autoridades pela cidade.
Além de proteger 27 locais de hospedagem e infraestrutura crítica, as Forças Armadas realizaram 388 escoltas de autoridades, totalizando mais de 5 mil quilômetros percorridos. O evento também consolidou a confiança entre as instituições envolvidas, deixando como legado uma integração ainda mais forte entre as forças de segurança e a sociedade carioca.
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