Operação Catrimani II recebe alta cúpula do Ministério da Defesa

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Nos dias 19 e 20 de março, a Terra Indígena Yanomami foi palco de uma importante visita institucional: o Comando Conjunto Catrimani II recebeu a alta cúpula do Ministério da Defesa, que inspecionou bases militares e áreas de atuação das Forças Armadas. O objetivo da missão foi acompanhar de perto as ações integradas de repressão ao garimpo ilegal e garantir a continuidade da Operação Catrimani II com base em dados de campo e relatórios técnicos.
Estrutura da Operação Catrimani II e logística de atuação na TI Yanomami
A Operação Catrimani II é uma ação coordenada entre Forças Armadas, órgãos de segurança pública e agências do Governo Federal, criada para enfrentar o garimpo ilegal, os ilícitos transfronteiriços e os crimes ambientais na Terra Indígena Yanomami (TIY). Sua estrutura conta com Bases Temporárias como as de Kayanaú e Pakilapi, além de destacamentos fixos, como o 4º Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF), em Surucucu, e o Destacamento Especial de Fronteira (DEF), em Waikás.
Essas unidades operam em áreas de difícil acesso e exigem logística militar de alta complexidade, com deslocamento aéreo, segurança de suprimentos e comunicação tática em ambiente de selva. A visita do Tenente-Brigadeiro do Ar Walcyr Josué de Castilho Araujo, Chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, e de sua comitiva — que incluiu o Vice-Almirante José Cláudio Macedo, do EMCFA — teve como foco avaliar in loco a infraestrutura e propor ajustes estratégicos e operacionais para fortalecer a missão.
O impacto humanitário da operação na proteção dos povos indígenas
Além da repressão aos crimes ambientais, a Operação Catrimani II tem uma vertente essencial de apoio humanitário, com foco no atendimento às comunidades indígenas afetadas pela presença ilegal de garimpeiros. Esse apoio inclui ações de saúde, segurança alimentar e proteção territorial, conduzidas em articulação com a Casa de Governo em Boa Vista, cuja estrutura também foi visitada pela comitiva.
Durante a passagem pela capital roraimense, o Diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, apresentou os avanços na operação de desintrusão da TI Yanomami — processo que visa retirar invasores ilegais e recuperar as condições mínimas de dignidade para os povos originários. A presença das Forças Armadas, nesse contexto, é vista como elemento crucial para garantir presença do Estado em áreas vulneráveis, com atuação baseada no respeito à Constituição e aos direitos indígenas.
A Doutrina de Operações Conjuntas e o papel estratégico das Forças Armadas na Amazônia
A Chefia de Operações Conjuntas (CHOC) do Ministério da Defesa, que coordenou a visita, é o órgão responsável por integrar as três Forças nas chamadas operações conjuntas, fundamentadas em doutrina própria. Na Amazônia, esse modelo tem se mostrado eficaz para ações que exigem capilaridade, inteligência e resposta rápida, especialmente em regiões de fronteira ou com difícil acesso. A Operação Catrimani II é, nesse sentido, um exemplo do emprego conjunto do poder militar com base em diretrizes nacionais de defesa.
A atuação coordenada da Marinha, Exército e Força Aérea segue protocolos que permitem sinergia de meios, agilidade no planejamento e execução de missões, e eficiência no uso de recursos públicos. A visita da alta cúpula do Ministério da Defesa serve também para reforçar o comprometimento do governo com a presença soberana do Estado brasileiro na Amazônia, ao mesmo tempo em que consolida uma atuação integrada voltada à proteção ambiental, segurança nacional e respeito aos povos indígenas.
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