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Há 15 dias no mar, após desatracar em 12 de março do Complexo Naval da Ponta da Armação (CNPA), o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) “Vital de Oliveira” vem cumprindo seu cronograma de coleta de dados geofísicos e oceanográficos, na Elevação do Rio Grande (ERG).
Com equipes do Serviço Geológico do Brasil e do Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC) a bordo, foram percorridas 1.698 milhas náuticas (equivalente a 3.144 km), sendo adquiridos dados com aparelhos utilizados para sondagem, como o ecobatímetro multifeixe de águas profundas e o perfilador subfundo. No percurso, foi também medido o campo magnético total terrestre, rebocando o “peixe” por 1.581 milhas náuticas (equivalente 2.828 km). Além disso, foram realizadas 12 medições de velocidade do som em toda a coluna d’água, utilizando-se o perfilador XSV e coletados dados em uma área retangular de 8.362 km², no extremo Leste da ERG, definindo os limites entre a bacia sedimentar e a crosta oceânica, o que é fundamental para o estudo da potencialidade mineral da região.

Embarcados, nove alunos de Graduação e Pós-Graduação, provenientes dos cursos de geociências da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Universidade de Brasília, acompanham, junto aos Oficiais Hidrógrafos, os estudos no laboratório seco do Navio. A equipe da USP conduz os trabalhos do projeto do Instituto Oceanográfico que recobriu completamente a feição morfológica de um monte submarino por meio da aquisição de dados de geofísica e magnetometria.
A Comissão prossegue a mais de 1.500 km da costa na Elevação do Rio Grande até o dia 1º de abril, quando será iniciado o retorno para o Rio de Janeiro. Durante o regresso, dados serão coletados com os mesmos equipamentos, acrescidos da perfilagem de correntes oceânicas e massas d’água, por meio de perfilador hidroacústico e batitermógrafos. A chegada ao Rio de Janeiro está prevista para o dia 6 de abril, quando terá sido cumprida a missão de contribuir para estender as pesquisas científicas brasileiras a regiões distantes da Amazônia Azul.
A região no extremo Sudeste da Amazônia Azul tem importância econômica e político-estratégica para o Brasil consolidar o limite da Plataforma Continental além das 200 milhas da Zona Econômica Exclusiva, em conformidade com os critérios estabelecidos pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
Fonte: Marinha do Brasil
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