Em um momento histórico para as Forças Armadas Brasileiras, a Marinha do Brasil (MB) dá um passo decisivo rumo à igualdade de gênero ao receber, nesta segunda-feira, as primeiras 120 mulheres no Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais. Realizado no Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (CIAMPA), na Zona Oeste do Rio de Janeiro, este evento não apenas celebra a inclusão feminina em um dos setores mais tradicionalmente masculinos da sociedade, mas também reafirma o compromisso da MB com a excelência e o poder de combate, respeitando as diferenças individuais.

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Preparo e Adaptação

Para acolher esta nova leva de recrutas, o CIAMPA passou por significativas transformações. Alojamentos femininos foram construídos, sistemas de segurança, como câmeras e reconhecimento facial, foram implementados, e a enfermaria e outras facilidades foram adaptadas, garantindo um ambiente seguro e propício ao desenvolvimento das futuras Soldados Fuzileiros Navais. Essas mudanças estruturais são um testemunho do comprometimento da Marinha com a integração das mulheres, preparando-as para enfrentar os desafios únicos do serviço militar com igualdade de condições.

Um Marco na História Militar Brasileira

A inclusão das mulheres no Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais é mais do que uma medida de igualdade de gênero; é um reconhecimento de sua capacidade e contribuição essenciais para as Forças Armadas. Esse marco se alinha a uma trajetória de pioneirismo, que começou em 1980 com a criação do Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha e culminou com a promoção de oficiais femininas a postos de alto comando. Este momento é um reflexo da evolução constante das políticas de inclusão da Marinha, que busca não apenas a igualdade, mas também a excelência em suas fileiras.

Desafios e Oportunidades

O curso, que dura aproximadamente quatro meses, é intenso e desafiador. Os aprendizes passarão por exercícios de campo, instruções militares navais, treinamento físico, entre outras disciplinas essenciais para formar um soldado fuzileiro naval. Este período não apenas testará sua força, resistência e disciplina, mas também fortalecerá seu espírito de corpo e camaradagem. A presença de instrutoras que foram pioneiras em suas áreas dentro do Corpo de Fuzileiros Navais serve de inspiração e prova viva de que, no campo da defesa e segurança, o gênero não define a capacidade ou o valor de um indivíduo.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).