Em uma decisão que surpreendeu a muitos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última terça-feira (26), optou por excluir as Forças Armadas e o Supremo Tribunal Federal (STF) do grupo responsável pela fiscalização das eleições. Esta mudança representa uma revisão significativa na estrutura de supervisão dos pleitos no Brasil.

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Forças Armadas: Uma Participação Questionada

A inclusão das Forças Armadas como entidade fiscalizadora das eleições foi uma decisão tomada em 2021, sob a gestão do então presidente do TSE, Edson Fachin. No entanto, o atual presidente, Alexandre de Moraes, propôs a alteração, alegando que a presença militar na fiscalização das eleições de 2022 era “incompatível” com as funções constitucionais dos militares. Moraes ressaltou que, apesar da mudança, as Forças Armadas continuarão a desempenhar um papel crucial, auxiliando no transporte de urnas eletrônicas e garantindo a segurança dos eleitores e locais de votação.

STF: Evitando Conflitos de Interesse

A exclusão do STF do grupo de fiscalização também foi uma decisão notável. O TSE justificou a mudança observando que três ministros do Supremo também integram o TSE. Além disso, o STF é frequentemente o destino de recursos contra decisões tomadas pela Justiça Eleitoral. Esta sobreposição poderia gerar potenciais conflitos de interesse.

Contexto e Atritos Anteriores

Vale lembrar que, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, as relações entre o TSE e as Forças Armadas foram marcadas por tensões. Em um episódio emblemático, o Ministério da Defesa chegou a enviar um relatório ao tribunal eleitoral, no qual não descartava a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas. O grupo de fiscalização, agora reformulado, ainda conta com a participação de partidos políticos, representantes do Ministério Público, do Congresso Nacional, da Controladoria-Geral da União (CGU), da Polícia Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU), entre outros.

Com informações da Agência Brasil

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).