Missão cumprida: Marinha finaliza Operação “Acre” com recorde de atendimentos

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Após quatro meses navegando pelos rios da Amazônia, o Navio de Assistência Hospitalar Doutor Montenegro concluiu a 25ª edição da Operação “Acre”, uma das maiores ações de saúde humanitária da Marinha do Brasil. Com mais de 118 mil procedimentos de saúde realizados e cerca de 8.445 pessoas atendidas em comunidades indígenas e ribeirinhas do Acre e do Amazonas, a missão levou esperança e cuidado a regiões onde apenas o Estado brasileiro chega pela água.
Logística fluvial e atendimento médico: os bastidores da Operação “Acre”
A grandiosidade da Operação “Acre” não está apenas nos números, mas na complexidade da logística que envolve navegar por mais de 120 dias pelos desafiadores cursos do Rio Juruá, enfrentando distâncias, variações climáticas e limitações de infraestrutura. Com uma tripulação de 78 militares, entre eles médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos em laboratório e em radiologia, o NAsH Doutor Montenegro atua como um verdadeiro hospital flutuante.
Durante a comissão, o navio realizou 332.716 distribuições de medicamentos, 656 cirurgias e mais de 11.800 kits odontológicos foram entregues. Pela primeira vez, foram feitas biópsias a bordo, além de mamografias com laudo graças à parceria com a ONG Américas Amigas. Isso demonstra a capacidade da Marinha do Brasil de integrar tecnologia, equipe médica qualificada e poder de mobilização em cenários remotos — uma operação militar com alcance social.
Saúde e cidadania na floresta: o impacto social da missão da Marinha
A Operação “Acre” vai além da prestação de serviços de saúde — ela representa um braço do Estado alcançando os confins da nação. Em comunidades como Marechal Thaumaturgo (AC), onde o deslocamento até a capital pode levar dias, a chegada do navio representa dignidade, acesso à cidadania e inclusão social. Pela primeira vez, mulheres da etnia Ashaninka, da Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, realizaram exames de mamografia sem sair da comunidade.
A Marinha entrega mais do que consultas: entrega escuta, acolhimento e soberania nacional. A atuação médica também é educativa, com palestras sobre prevenção de doenças, cuidado com a higiene e orientação sobre ISTs. O trabalho conjunto com lideranças locais reforça laços de confiança entre as Forças Armadas e a população amazônica, mostrando que a Defesa também se faz com humanidade.
Navio Doutor Montenegro: símbolo do Estado brasileiro na Amazônia
Conhecido como o “Navio da Esperança”, o Doutor Montenegro é, há décadas, o principal elo entre comunidades esquecidas e o Brasil institucional. Seu retorno a Manaus, no cais da Estação Naval do Rio Negro, foi marcado por um reencontro emocionante entre militares e suas famílias. Cada abraço selava o fim de uma jornada marcada pelo espírito de serviço, sacrifício e amor ao próximo.
Comandantes como o Vice-Almirante João Alberto de Araújo Lampert, do 9º Distrito Naval, e o CMG Sandir Antônio de Freitas D’Almeida, da Flotilha do Amazonas, destacaram a operação como um sucesso absoluto, reafirmando que a Marinha do Brasil tem como missão subsidiária servir à sociedade com excelência. O Navio Doutor Montenegro, ao atravessar os rios do Brasil profundo, carrega consigo a bandeira nacional e o compromisso com uma pátria que respeita, cuida e não abandona seus filhos — estejam onde estiverem.
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