Para dar resposta ao grande fluxo migratório que vem da Venezuela e garantir atendimento humanitário aos migrantes em vulnerabilidade que chegam ao Brasil, em Roraima e no Amazonas, o Ministério da Defesa realizou a 16º troca de contingente na Operação Acolhida. No período de 1º a 14 de maio, 473 militares integraram a Força-Tarefa Logística Humanitária (FT Log Hum) criada pelo governo federal em 2018. As tropas irão atuar em três eixos principais: Ordenamento da Fronteira, Abrigamento e Interiorização. Até o momento, cerca de 10 mil militares das Forças Armadas já foram empregados na operação.

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Apoio e Reconhecimento

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (17), o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, falou sobre o apoio das Forças Armadas na Operação Acolhida. “No norte do País, [os militares] realizam o acolhimento humanitário de imigrantes, reconhecido como uma ação de sucesso pelas Nações Unidas. Na Operação Acolhida, são atendidas, em média, 500 pessoas por dia”, disse.

Atuação nos Eixos de Ação

Nas tarefas de Ordenamento da Fronteira, as Forças Armadas realizam emissão de documentos, vacinação e controle de imigração, entre outros. O acolhimento é feito por meio de oferta de abrigo, alimentação e atenção à saúde. Já a interiorização, com o objetivo de inclusão socioeconômica, é feita de forma voluntária, a partir do deslocamento dos imigrantes para outros estados brasileiros.

Impacto e Beneficiados

Desde 2018 até março deste ano, 124 mil venezuelanos foram acolhidos e cerca de 100 mil foram encaminhados para 947 municípios brasileiros, sendo Curitiba, Manaus, São Paulo, Chapecó e Dourados os mais procurados. Essa atuação busca assegurar a dignidade da população venezuelana atingida, garantindo especial atenção aos indígenas, das etnias Warao e Eñepá.

Uma História de Sucesso

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Dariannis, que vivia em Puerto Ordaz e decidiu vir ao Brasil em busca de oportunidades de emprego e melhoria de vida para toda família, é uma das muitas histórias de sucesso da Operação Acolhida. Ao chegar a Boa Vista, a venezuelana recebeu atendimento no Posto de Recepção e Apoio da operação, foi alocada em alojamento temporário e, posteriormente, contratada por uma empresa de restaurantes para trabalhar em São Paulo.

O Papel da Força-Tarefa Logística Humanitária

A Força-Tarefa Logística Humanitária é o componente militar da Operação Acolhida. A iniciativa do governo federal também conta com a participação de cerca de 120 agências e instituições civis – órgãos governamentais nos níveis federal, estadual e municipal; Organismos Internacionais (OI); Organizações não Governamentais (ONG) e a sociedade civil. Essa participação é responsável por promover apoio em políticas públicas de saúde, economia, segurança e sociais.

Interiorização e Apoio aos Imigrantes

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A interiorização é um dos eixos principais de atuação, para a população venezuelana que deseja, com segurança, mudar para outras partes do Brasil. O Centro de Coordenação de Interiorização, em Boa Vista, foi criado para dar suporte aos postos de interiorização e triagem, a fim de resolver pendências da regularização migratória e desenvolver todas as etapas do processo. Para acomodar o grande número de venezuelanos, a iniciativa conta com 16 casas de passagens, em várias cidades do Brasil, onde os migrantes recebem apoio durante a transição para seus destinos finais.

Marcelo Barros, com informações do Ministério da Defesa
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).