Sob a coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), do Ministério de Defesa, ocorreu em 26 e 27 de outubro, de forma virtual, o XII Encontro de Guerra Eletrônica de Defesa (XII EGED). O evento anual é organizado em sistema de rodízio pelos Centros de Guerra Eletrônica das Forças Singulares. Este ano ficou a cargo do Centro de Guerra Acústica e Eletrônica da Marinha (CGAEM), a partir do Auditório do Comando de Operações Navais (ComOpNav).
Durante os dois dias de evento, especialistas e representantes do Ministério da Defesa, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica apresentaram temas e fomentaram discussões técnicas e doutrinárias, tanto presencialmente quanto por videoconferência, para promover a interoperabilidade entre as Forças nas atividades de Guerra Eletrônica. Representantes de empresas do setor participaram com apresentação de novas tecnologias.
No primeiro dia do encontro, os participantes conheceram o novo símbolo do EGED, bem como foram informados sobre a criação da Seção de Defesa Cibernética e Guerra Eletrônica (SC-1.1), no âmbito da Subchefia de Comando e Controle (SC-1), da Chefia de Operações Conjuntas (CHOC), do EMCFA. As novas estruturas vão possibilitar o alcance das Diretrizes para a Consecução das Ações Setoriais de Defesa voltadas para a Guerra Eletrônica, constantes do manual MD32-D-01 (1ᵃEd/2020). Nessas diretrizes, está prevista a formação de uma mentalidade de GE e o incremento da interoperabilidade das atividades de GE nas Forças Armadas.
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Outro aspecto destacado no evento foi a importância do domínio do espectro eletromagnético pelas atividades de GE, multiplicadoras do poder de combate, nos níveis estratégico, operacional e tático. Dessa forma é maximizada a sinergia nas Operações Conjuntas, o que contribui para a consecução dos Objetivos Setoriais de Defesa, no contexto da Guerra Centrada em Rede (GCR). Esse tipo de guerra é característica da atual “Era da Informação”.
Em 2022, o XIII EGED estará a cargo da Força Aérea Brasileira (FAB).
Marcelo Barros, com informações do Ministério da Defesa
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).