Militares neutralizam 36 dragas em operação de fronteira na Amazônia

Em uma ação decisiva na defesa da Amazônia Ocidental, militares da 16ª Brigada de Infantaria de Selva neutralizaram 36 dragas durante a Operação Ágata Amazônia – 2024. A operação, realizada em conjunto com o IBAMA na calha do Rio Japurá e seus afluentes, também resultou na destruição de empurradores, balsas, bases e oficinas de garimpeiros, causando um grande impacto nas atividades ilegais na região.

Resultados da Operação

A Operação Ágata Amazônia – 2024 resultou em significativos ganhos para a preservação ambiental e a segurança da Amazônia Ocidental. Durante a operação, 36 dragas, além de empurradores, balsas, bases e oficinas de garimpeiros, foram neutralizadas e destruídas. A ação não apenas dificultou a continuidade das atividades ilegais, mas também preservou 80 hectares de floresta e impediu o lançamento de 26 kg de mercúrio nas águas fluviais da região. Além disso, foram patrulhadas duas Terras Indígenas (Apaporis e Mapari) e realizadas Ações Cívico-Sociais que beneficiaram cerca de 120 amazônidas e povos tradicionais.

Colaboração e Ações Integradas

A operação destacou a eficácia da colaboração entre o Exército Brasileiro e o IBAMA. Trabalhando em conjunto, as forças integradas percorreram 9.726 km, demonstrando um amplo alcance e uma coordenação logística robusta. A participação das diferentes unidades militares, incluindo o Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais e o Centro de Instrução e Adestramento de Brasília, foi crucial para o sucesso das ações. O planejamento detalhado e a execução precisa das operações de neutralização e destruição das dragas e outras estruturas ilegais foram fundamentais para os resultados alcançados.

Combate a Crimes Transfronteiriços

Além das ações diretas contra o garimpo ilegal, a operação também focou no combate a crimes transfronteiriços. Durante uma fiscalização na calha do Rio Javari, na fronteira com o Peru, militares do 1º Pelotão Especial de Fronteira do Comando de Fronteira Solimões/8º Batalhão de Infantaria de Selva apreenderam armas de caça, tracajás e uma grande quantidade de ovos de quelônios. A presença contínua das tropas do Comando Militar da Amazônia na faixa de fronteira é essencial para garantir a defesa da pátria, combater crimes ambientais e transfronteiriços, e proteger os amazônidas, povos originários e a fauna/flora da região.