Militares brasileiros se destacam em evento sobre ameaças não convencionais

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No cenário histórico do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, militares brasileiros e latino-americanos se reuniram entre os dias 25 e 27 de março para participar do NCT América do Sul, evento internacional voltado ao enfrentamento de ameaças não convencionais. O 3º Batalhão de Engenharia de Combate (3º BE Cmb) marcou presença ao lado de operadores EOD de toda a região, reforçando o papel do Brasil na troca de experiências e inovação tecnológica em neutralização de explosivos.

A evolução das técnicas EOD e as tecnologias apresentadas no NCT

O NCT América do Sul é reconhecido por reunir os mais avançados recursos tecnológicos na área de Explosive Ordnance Disposal (EOD), ou Desativação de Artefatos Explosivos. Durante o evento, os militares do 3º BE Cmb tiveram acesso a equipamentos de ponta utilizados em ambientes de guerra híbrida, como robôs de desarme, sensores remotos, trajes de proteção balística, detectores de minas e softwares de simulação.

As exposições e demonstrações permitiram aos participantes testar, avaliar e debater o uso desses materiais em operações reais. O evento destacou também a necessidade de atualização doutrinária frente ao cenário de ameaças assimétricas e ao uso de artefatos explosivos improvisados (IEDs) por grupos criminosos e atores não estatais. A incorporação desses aprendizados à rotina operacional do 3º BE Cmb é um dos principais ganhos da participação brasileira.

A importância da cooperação internacional no combate às ameaças não convencionais

Com a presença de militares e especialistas de diversos países da América Latina, o NCT reforça o papel da cooperação internacional como instrumento essencial para o enfrentamento de ameaças transnacionais. O combate a riscos como o uso de explosivos por organizações criminosas, sabotagens e ações terroristas demanda interoperabilidade entre Forças e agências, e o evento ofereceu um espaço de alto nível para essa integração.

Os operadores brasileiros do 3º BE Cmb puderam interagir diretamente com colegas de nações vizinhas, promovendo o intercâmbio de boas práticas e a construção de protocolos conjuntos. A troca de experiências fortalece as capacidades regionais de resposta rápida e alinhamento tático, além de fomentar a confiança mútua em ambientes operacionais combinados. Em tempos de instabilidade geopolítica, a atuação coordenada entre países se mostra ainda mais estratégica.

O papel do 3º BE Cmb na modernização da doutrina de engenharia de combate

Com sede em Pindamonhangaba (SP), o 3º Batalhão de Engenharia de Combate é uma das unidades de referência na modernização da doutrina de engenharia militar do Exército Brasileiro. Sua atuação em eventos como o NCT América do Sul reafirma o compromisso da Força com a atualização técnica e doutrinária diante dos desafios contemporâneos da Defesa.

Participar ativamente de um fórum que discute ameaças não convencionais posiciona o 3º BE Cmb como protagonista no desenvolvimento de capacidades EOD e no apoio a operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), ajuda humanitária e ações interagências. A busca contínua por inovação, aliada à formação especializada de seus quadros, permite ao batalhão responder com eficiência a incidentes de alta complexidade, dentro e fora do território nacional.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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