Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias. |
Há quase um ano, militares brasileiros participam ativamente da Missão das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO), lidando com desafios logísticos, crises humanitárias e ameaças constantes de grupos insurgentes. O Coronel Felipe Drumond Moraes, junto a outros oficiais e sargentos brasileiros, tem enfrentado o avanço de grupos rebeldes na província do Kivu do Norte, onde o Brasil contribui com operações estratégicas e treinamentos essenciais para as tropas da ONU e do Exército congolês.
A atuação dos militares brasileiros na MONUSCO

O Brasil mantém uma presença estratégica na MONUSCO, com militares que desempenham funções de planejamento, inteligência e treinamento. O Coronel Felipe Drumond Moraes atua em Goma, cidade de grande importância geopolítica, e lidera uma equipe que enfrenta desafios diários decorrentes do conflito armado e da crise humanitária.
Além do Coronel Drumond, a missão conta com mais quatro militares brasileiros integrados ao Estado-Maior da MONUSCO e ao Batalhão do Uruguai (URUBAT):
- Tenente-Coronel Lucas – responsável pelo planejamento operacional da missão;
- Capitães Fagundes e Priscilla – atuam nas áreas de inteligência e assuntos civis;
- 1º Sargento Vinícius Martins – encarregado da segurança do Comandante da Força da MONUSCO.
Já na cidade de Beni, também no Kivu do Norte, 11 militares brasileiros fazem parte da Equipe de Treinamento de Operações na Selva, capacitando tropas da ONU e do Exército congolês. Todos possuem formação no Curso de Guerra na Selva (CIGS), um dos mais reconhecidos do mundo.
A atuação brasileira na MONUSCO reforça a importância do Brasil na cooperação internacional, contribuindo para a profissionalização das forças locais e a busca pela estabilização do país.
O contexto da crise na República Democrática do Congo

A República Democrática do Congo (RDC) vive um dos conflitos mais complexos do mundo, com dezenas de grupos armados disputando território e recursos naturais. A situação no Kivu do Norte tem se deteriorado nos últimos anos, com o avanço do grupo rebelde M23, responsável pela tomada de diversas áreas estratégicas, incluindo partes da cidade de Goma.
A MONUSCO tem sido essencial para tentar conter o avanço dos insurgentes e garantir a proteção de civis, mas enfrenta dificuldades diante da intensificação dos combates. A operação Springbok, iniciada em outubro de 2023, ajudou a manter posições defensivas até um cessar-fogo temporário em julho de 2024. No entanto, com a violação do acordo em janeiro de 2025, a situação voltou a se agravar.
Além da violência, a crise humanitária atinge níveis alarmantes:
- Mais de 500 mil deslocados internos buscam abrigo em Goma e regiões próximas;
- Falta de água, alimentos e medicamentos ameaça a vida de milhares de pessoas;
- A infraestrutura precária e os combates dificultam o envio de ajuda humanitária.
Diante desse cenário, a MONUSCO e os militares brasileiros desempenham um papel fundamental na proteção da população e no apoio às autoridades locais para conter a escalada do conflito.
O compromisso do Brasil com as missões de paz da ONU

O Brasil tem uma longa tradição de participação em missões de paz da ONU, enviando tropas e oficiais para operações em diversos países desde 1947. Na MONUSCO, essa presença se fortaleceu nos últimos anos, com brasileiros ocupando posições de destaque no comando da missão.
Em 2025, o General de Divisão Ulisses de Mesquita Gomes foi nomeado Comandante da Força da MONUSCO, dando continuidade à tradição brasileira de liderança em operações da ONU. Desde 2013, a maioria dos comandantes da força da MONUSCO tem sido oficiais generais do Exército Brasileiro, demonstrando a confiança da ONU na experiência militar do Brasil.
Além do comando estratégico, o Brasil também contribui com:
- Treinamento de tropas para atuar em ambientes hostis, como selvas e áreas urbanas de conflito;
- Apoio logístico e operacional na proteção de civis e manutenção da estabilidade;
- Troca de experiências com militares de outras nações, fortalecendo a cooperação internacional.
Apesar dos desafios enfrentados na República Democrática do Congo, a presença brasileira na MONUSCO reforça o compromisso do país com a paz e a segurança global, consolidando sua posição como um ator relevante nas missões de paz da ONU.
Participe no dia a dia do Defesa em Foco
Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395