Mercado de Drones cresce no Brasil com foco na segurança aérea

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O céu brasileiro nunca esteve tão movimentado. Com mais de 405 mil solicitações de voos registradas pelo sistema SARPAS em 2024, os drones se consolidam como peças-chave em setores como agricultura, segurança, entretenimento e logística. Porém, esse avanço traz consigo desafios regulatórios e de segurança que exigem responsabilidade e atenção dos operadores para garantir que a inovação não comprometa a integridade do espaço aéreo nacional.

Crescimento do mercado de drones no Brasil e impacto econômico

O mercado brasileiro de drones se destaca como o maior da América Latina e um dos mais promissores do mundo. De acordo com a pesquisa da empresa alemã Drone Insights Industry, o mercado global deve atingir US$ 41,3 bilhões até 2026, o equivalente a R$ 207,93 bilhões. O Brasil, por sua vez, acompanha essa tendência com um aumento expressivo nas importações. Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que, somente nos primeiros cinco meses de 2024, as importações de drones somaram US$ 16 milhões, representando um crescimento de 24% em relação ao mesmo período de 2023.

Setores como agricultura de precisão, segurança pública, logística, entretenimento e construção civil lideram a demanda por drones no Brasil. O uso de aeronaves remotamente pilotadas tem otimizado operações, reduzido custos e aumentado a produtividade em diversas áreas. O crescimento do mercado, no entanto, exige um olhar atento para a regulamentação e a adoção de boas práticas operacionais.

Regulamentação e segurança no uso de drones no espaço aéreo brasileiro

Apesar das infinitas possibilidades oferecidas pelos drones, a operação dessas aeronaves requer responsabilidade e conformidade com regras estabelecidas por órgãos reguladores como Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Entre as principais normas estão: manter o drone até 120 metros de altura, operar com Linha de Visada Visual (VLOS), manter 30 metros de distância de pessoas não envolvidas na operação e evitar áreas sensíveis, como aeroportos, bases militares, usinas e estabelecimentos penais.

De acordo com o Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Eduardo Araújo da Silva, do Subdepartamento de Operações do DECEA, o uso indevido de drones pode gerar consequências graves, incluindo infrações de tráfego aéreo, danos ao patrimônio público ou privado e até colisões com aeronaves tripuladas.

“O uso inadequado ou mal-intencionado dessas aeronaves pode ocasionar acidentes de grandes proporções, especialmente em áreas próximas a aeroportos ou helipontos. O prejuízo, muitas vezes, pode ser irreparável”, alerta o Capitão.

SARPAS: O papel fundamental no gerenciamento de voos de drones

O Sistema de Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARPAS), gerenciado pelo DECEA, tem sido um pilar fundamental para garantir que os drones operem de forma organizada e segura no espaço aéreo brasileiro. Em 2024, o sistema registrou mais de 405 mil solicitações de voo, um número que supera todos os anos anteriores.

O SARPAS permite que pilotos e operadores solicitem autorizações de voo de maneira prática, garantindo que cada operação esteja de acordo com os parâmetros técnicos e regulatórios exigidos. Além disso, o sistema auxilia no monitoramento do espaço aéreo, prevenindo incidentes e oferecendo mais segurança tanto para operadores quanto para aeronaves tripuladas.

Para facilitar o cumprimento das normas, o DECEA disponibiliza em seu Portal Drones UAS uma série de recursos, como a Cartilha Drone Consciente, tutoriais e links para sistemas vinculados. Essas ferramentas visam conscientizar operadores e reduzir riscos operacionais.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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