Marinha forma 1ª turma em Doutrina de Guerra Cibernética

Soldados observam navios de guerra no mar digital.
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A transformação digital chegou ao campo de batalha, e a Marinha do Brasil está pronta para enfrentá-la. Com a conclusão da primeira edição do Curso Especial de Doutrina Naval de Guerra Cibernética, realizada na Escola de Inteligência da Marinha (EsIMar), a Força Naval dá um passo à frente na capacitação de seus quadros para o emprego estratégico de capacidades cibernéticas, tanto em operações navais quanto conjuntas. O curso consolida um novo ciclo de prontidão, doutrina e inovação no setor de Defesa.

Estrutura técnica e doutrinária do curso

Realizado entre os dias 10 de março e 3 de abril, o curso teve duração de quatro semanas e foi estruturado com foco em conceitos doutrinários atualizados e aplicáveis ao ambiente operacional cibernético. Entre os conteúdos abordados estavam a Doutrina de Segurança da Informação e Comunicações (DSIC), Doutrina Cibernética da Marinha, e o emprego das capacidades de Guerra Cibernética nos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais.

Além disso, os alunos estudaram integração com Operações Conjuntas, reconhecendo o valor do domínio cibernético no planejamento e execução de ações integradas com Exército e Aeronáutica. O corpo docente foi formado por militares especializados da Diretoria de Comunicações e Tecnologia da Informação da Marinha, do Núcleo de Implantação do Esquadrão de Guerra Cibernética (NI-EsqdGCiber) e da própria EsIMar.

Formação de lideranças e nova mentalidade estratégica

Mais do que domínio técnico, o curso proporcionou aos formandos uma visão estratégica e crítica sobre o papel da Guerra Cibernética no cenário militar contemporâneo. Os militares que concluíram a capacitação agora estão aptos a liderar equipes e orientar ações cibernéticas táticas e operacionais, contribuindo para a consolidação de um novo campo de atuação dentro da Marinha.

A formação também representou um importante passo na valorização e institucionalização do pensamento cibernético nas Forças Armadas, criando quadros especializados e ampliando a consciência sobre os riscos, oportunidades e responsabilidades associados ao ambiente digital. Com isso, a Marinha fortalece sua estrutura de defesa informacional e forma líderes capazes de atuar em contextos de alta complexidade tecnológica e ameaça constante.

Consolidação do domínio cibernético na doutrina naval

A formação da primeira turma no Curso Especial de Doutrina Naval de Guerra Cibernética representa um marco doutrinário e institucional para a Marinha do Brasil. O domínio cibernético, ao lado dos domínios terrestre, marítimo, aéreo e espacial, ganha relevância crescente no planejamento estratégico da Defesa Nacional, exigindo respostas rápidas, adaptativas e integradas.

A EsIMar consolida-se como centro de excelência em formação cibernética militar, alinhando-se às tendências das principais marinhas do mundo e colocando o Brasil na vanguarda do pensamento doutrinário nesse setor. Em tempos de ameaças híbridas, espionagem digital e operações informacionais, o fortalecimento da Guerra Cibernética é essencial para preservar a soberania, proteger infraestruturas críticas e garantir a superioridade informacional em cenários de conflito.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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