Marinha do Brasil e SENAI CIMATEC ampliam cooperação em tecnologia submarina

Foto: Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil e o SENAI CIMATEC reforçaram sua parceria estratégica com a assinatura de um novo acordo de cooperação científica e tecnológica em Salvador. Em destaque está o projeto “Fisher”, que visa desenvolver um Veículo Submarino Autônomo (VSA) para as Operações de Contramedidas de Minagem. Essa tecnologia não só amplia a eficiência nas operações de defesa marítima, mas também marca um passo importante rumo à independência tecnológica no setor.

Acordo de cooperação e suas metas estratégicas

Desde 2019, a Marinha do Brasil e o SENAI CIMATEC têm colaborado para fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento em áreas como mecatrônica, robótica e modelagem computacional, focando na criação de soluções inovadoras e sustentáveis. A renovação do acordo é um marco que reafirma esse compromisso, permitindo que a parceria avance em projetos estratégicos e promissores, como o desenvolvimento de tecnologias para defesa marítima, essenciais para a segurança do Brasil.

Segundo o Vice-Almirante Antonio Carlos Cambra, Comandante do 2º Distrito Naval, a estrutura tecnológica do SENAI CIMATEC oferece à Marinha uma base sólida para o desenvolvimento e execução de projetos de ponta. O Diretor-Geral do SENAI CIMATEC, Leone Andrade, também ressaltou a importância dessa parceria, indicando que o novo convênio promete beneficiar tanto a Marinha quanto o setor de inovação nacional, alavancando a pesquisa científica e a qualificação técnica no Brasil.

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Projeto “Fisher” e o desenvolvimento do VSA (Veículo Submarino Autônomo)

Um dos projetos mais promissores dentro desse acordo é o “Fisher”, um Veículo Submarino Autônomo (VSA) projetado para operar nas Contramedidas de Minagem (CMM) sob a responsabilidade do Comando da Força de Varredura (ComForMinVar) e do Grupo de Avaliação e Adestramento de Guerra de Minas (GAAGueM). O VSA “Fisher” é especialmente planejado para missões de caça-minas, permitindo a identificação e neutralização de minas submersas sem a necessidade de expor militares ao risco.

O VSA Fisher utiliza tecnologia de ponta, como sensores, sonares e câmeras infravermelhas, que fornecem precisão e segurança em operações de grande complexidade. Além de reduzir o risco para os militares no Teatro de Operações, o equipamento é mais econômico em relação a métodos tradicionais e aumenta significativamente a eficiência operacional, sendo uma ferramenta estratégica para a Marinha em regiões de alto risco marítimo.

SENAI CIMATEC Mar e a expansão da Economia do Mar

Outro pilar dessa parceria é o SENAI CIMATEC Mar, uma unidade especializada voltada para o desenvolvimento sustentável da Economia do Mar. Projetado para apoiar tanto atividades industriais quanto comerciais marítimas, o SENAI CIMATEC Mar conta com um parque de testes dedicado a veículos submarinos e robôs, reforçando a capacidade de inovação e a sustentabilidade nas atividades marítimas.

As tecnologias desenvolvidas na unidade poderão ser aplicadas tanto em operações militares quanto em setores civis, como a indústria de petróleo e gás. Para esses setores, o VSA Fisher oferece aplicações valiosas, como a inspeção e manutenção de dutos submarinos, viabilizando operações em diversas profundidades. A plataforma reúne hardware avançado – incluindo minissubmarinos e sistemas de controle e navegação – e software, com algoritmos e inteligência artificial que permitem o aprendizado contínuo e a adaptação a diferentes cenários de operação.

Esse acordo renovado entre a Marinha do Brasil e o SENAI CIMATEC reforça o compromisso com o avanço da tecnologia nacional e da defesa marítima, proporcionando um ganho significativo para a segurança e a economia nacional. O desenvolvimento de soluções de robótica submarina como o VSA Fisher demonstra a importância da união entre defesa e pesquisa científica para o fortalecimento do Poder Marítimo e da Economia do Mar no Brasil.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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