Marinha cria Comando da Divisão Litorânea e transmite novo comando

Oficiais navais em cerimônia militar, inscrições no fundo.
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O Corpo de Fuzileiros Navais viveu um dia histórico com a reestruturação da Tropa de Reforço, que passou a ser oficialmente denominada Comando da Divisão Litorânea (ComDivLit). A mudança, acompanhada da transmissão de comando entre dois Contra-Almirantes Fuzileiros Navais, visa ampliar a capacidade expedicionária e reforçar o protagonismo da Marinha nas operações litorâneas e anfíbias.

Reestruturação da Tropa de Reforço e capacidades da Divisão Litorânea

Cerimônia militar com oficiais em uniforme branco.

A transição de nomenclatura da Tropa de Reforço para Comando da Divisão Litorânea representa mais do que uma mudança simbólica: ela insere o Corpo de Fuzileiros Navais em um novo patamar organizacional. A nova estrutura foi pensada para responder de forma ágil, coordenada e integrada a diferentes tipos de missão ao longo do litoral brasileiro, incluindo operações anfíbias, ações de GLO, Defesa Civil e apoio humanitário.

O ComDivLit passa a coordenar diretamente sete unidades subordinadas, que terão papel decisivo no aumento da capacidade de resposta da Marinha em cenários litorâneos. Entre os meios empregados, destaca-se o sistema de lançamento ASTROS, agora equipado com o míssil antinavio nacional de superfície (MANSUP), conferindo à Divisão uma inédita capacidade de dissuasão terra-mar, com mobilidade e flexibilidade operacional.

Cerimônia de transmissão de comando e participação das Unidades Subordinadas

Cerimônia militar com oficiais uniformizados.

A cerimônia ocorreu no dia 4 de abril e contou com a presença de autoridades civis e militares, convidados e tropa formada com destacamentos representativos das sete unidades subordinadas ao ComDivLit: o Batalhão Logístico, a Base de FN da Ilha das Flores, a Unidade Médica Expedicionária, o Batalhão de Engenharia, o Batalhão de Defesa NBQR, o Batalhão de Viaturas Anfíbias e a Companhia de Polícia.

Durante o evento, esses grupamentos desfilaram em continência ao novo comandante, Contra-Almirante (FN) Marcelo da Costa Reis, que recebeu o cargo do Contra-Almirante (FN) Reinaldo Reis de Medeiros. Na ocasião, foram expostos diversos meios operacionais da Divisão, incluindo Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf), viaturas UNIMOG, equipamentos de engenharia e a Unidade Avançada de Trauma (UAT), evidenciando a versatilidade e robustez logística da nova formação.

Estratégia da Marinha para fortalecer operações litorâneas e defesa costeira

Soldados em formação em frente à rocha 'Adsumus'.

A criação do ComDivLit reflete a prioridade dada pela Marinha às operações litorâneas, conceito que abrange todas as ações do Poder Naval na faixa costeira. A nova estrutura fortalece a disposição expedicionária dos Grupamentos de FN, que agora se tornam Batalhões de Operações Litorâneas, com maior capacidade de mobilização imediata, sem alterar suas responsabilidades ou áreas de atuação.

Com essa reestruturação, a Marinha reafirma seu papel como força armada sui generis, capaz de proteger as riquezas marítimas do litoral brasileiro e atuar com eficiência em cenários de conflito ou crise humanitária. A incorporação de tecnologias nacionais, como o MANSUP, e o investimento em mobilidade tática e integração entre as forças, coloca o Brasil em posição de destaque na defesa litorânea do Atlântico Sul.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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