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Mesmo diante de severas restrições orçamentárias, a Marinha do Brasil avançou em 2024 com seus principais programas estratégicos, como o PROSUB, o Programa Nuclear da Marinha e o Programa Fragatas Classe Tamandaré. O Relatório de Gestão publicado neste mês destaca conquistas relevantes, como a entrega do submarino “Humaitá” e o lançamento do “Tonelero”, mas também aponta os desafios para manter a prontidão e a modernização da Esquadra.
Programas estratégicos: submarinos, fragatas e o futuro da Esquadra
O PROSUB (Programa de Desenvolvimento de Submarinos) segue como um dos pilares do fortalecimento da capacidade dissuasória da Marinha. Em 2024, a Força celebrou a entrega do submarino convencional S-41 “Humaitá” e o lançamento do S-42 “Tonelero”, ambos da classe Scorpène, fruto da parceria estratégica com a França. Paralelamente, o Programa Nuclear da Marinha (PNM) avança na preparação das bases para o futuro submarino de propulsão nuclear, o “Álvaro Alberto”.
Outro marco foi o lançamento da primeira fragata da Classe Tamandaré, dentro do PFCT, com previsão de quatro unidades até o fim da década. Esses navios substituirão meios antigos e serão equipados com sistemas de combate modernos, aumentando a capacidade de projeção e controle do Atlântico Sul. Também em destaque, o PRONAPA visa ampliar a presença em águas jurisdicionais com novos navios-patrulha. Apesar dos progressos, a Marinha alerta que sem recursos constantes, esses projetos correm risco de desaceleração.
Entre conquistas e carências: os impactos da restrição orçamentária
O Relatório de Gestão deixa claro: o maior desafio da Marinha tem sido a limitação orçamentária. O ano de 2024 marcou o menor volume de verbas discricionárias da última década, dificultando o avanço dos projetos, a modernização da frota e o pleno funcionamento da Base Industrial de Defesa — responsável por gerar milhares de empregos diretos e indiretos.
O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, destacou no relatório que a Força tem buscado equilibrar despesas e manter a prontidão com criatividade e diligência, mas reconhece que a obsolescência de meios é um risco real à capacidade operacional. A dependência de navios com mais de 30 anos de uso e a escassez de peças e manutenção impõem limites à presença naval em áreas estratégicas, como a Amazônia Azul.
Marinha e sociedade: inclusão, GLOs e apoio em emergências
Apesar dos entraves orçamentários, a Marinha também demonstrou relevância no apoio direto à sociedade brasileira. Em 2024, a Força atuou em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) contra o tráfico de drogas e em missões de apoio emergencial às populações afetadas por enchentes e estiagens, como nas operações “Pantanal II” e “Taquari II”.
Outro marco foi a inclusão de mulheres em todos os Corpos e Quadros da Marinha, com a formação das primeiras Soldados Fuzileiros Navais do sexo feminino — avanço significativo rumo à equidade nas Forças Armadas. Essas ações reforçam o papel da Marinha como instrumento de soberania, segurança e presença nacional, em terra e no mar.
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